Kevin de Bruyne falou pela primeira vez da decisão do Manchester City, que não vai renovar o seu contrato. O médio belga, durante muitos anos considerado o melhor jogador da Premier League, admite que ficou surpreendido, pois garante que, apesar dos seus 33 anos, sente ter capacidade para continuar ao mais alto nível. 

"Fiquei em choque", admitiu o jogador, em conversa com os jornalistas ingleses depois do jogo com o Everton, recordando a conversa com o diretor de futebol dos citizens, Txiki Begiristain, e o CEO, Ferran Soriano. Guardiola, esse, não esteve presente. "Não recebi qualquer proposta da parte deles durante todo o ano e o clube tomou uma decisão. Obviamente fiquei surpreendido mas tenho de aceitar. Honestamente sinto que posso continuar a jogar a este nível, mas entendo que os clubes tenham de tomar decisões."

De Bruyne reconheceu depois que o tempo que mediou a conversa com os dois responsáveis do City e o post que partilhou nas redes sociais, a informar a sua saída no final da época, não foi fácil. "Passou meia semana e não foi bom. A minha família não estava em casa, estavam de férias, foi um pouco estranho. Mas depois, foi um alívio poder dizê-lo publicamente porque disso não sabia bem o que fazer com as emoções, como lidar com as pessoas no clube. Agora está tudo bem, as pessoas veem-me como eu sou. Tento dar o meu melhor e ganhar jogos pela equipa, adoro jogar futebol."

O médio sente que tem condições para continuar na Premier League, apesar de ter em mãos propostas da Liga Saudita e da MLS. "Disse-lhes [a Begiristain e a Soriano] que sinto que ainda tenho muito para dar. Não tenho 25 anos, mas sei que ainda posso fazer o meu trabalho", considerou, abordando, depois, o futuro. "Estou aberto a tudo porque tenho de analisar a situação de uma forma global. Do ponto de vista desportivo e familiar tenho de ver o que faz mais sentido. Sinto que posso jogar a bom nível e tomarei uma decisão quando tiver mais dados sobre propostas."