A Yamaha começou este ano uma nova parceria com a Pramac, que também envolve uma equipa de Moto2 – com mais envolvimento do construtor comparando com a Correos Prepago Yamaha VR46 Master Camp que esteve no pelotão até 2024.

No futuro, expandir as atividades ao Moto3 é uma possibilidade em aberto, revelou o diretor desportivo, Paolo Pavesio, ao SPEEDWEEK.com mas deixando críticas à categoria: ‘É verdade, o assunto está em cima da mesa para todos e atualmente precisamos de trabalhar juntos para criar algo sensato. Primeiro, entendemos que a situação dos custos não é saudável e que aceder ao Moto3 já é muito difícil. O que não pode acontecer é que o nosso desporto se torne só para filhos de pais ricos – penso nas quatro rodas, onde uma época de karting pode custar várias centenas de milhar de euros. Este desenvolvimento tem de ser impedido’.

Fora do paddock do MotoGP, a Yamaha está muito envolvida no desenvolvimento de pilotos, não só pelas suas atividades nos Mundiais de Supersport e de Supersport 300, como também através do programa bLU cRU começando com a Yamaha R3 Cup além de ter, por exemplo, a bLU cRU World Cup.

A Dorna quer mudar as regras do Moto3 nos próximos anos, não só tendo um motor de maior cilindrada, como também tornando-o num campeonato monomarca e mais acessível, com motos derivadas de produção.

Pavesio recordou que os custos de uma moto de Moto3 são de cerca de 100.000 euros, enquanto a Yamaha R3 Cup custa 30 mil euros por época. Considera que, deste modo, as motos de Moto3 também acabaram por desaparecer de campeonatos nacionais e tornaram-se obsoletas – algo que considera ser problemático.

O italiano acredita que um Moto3 mais próximo de motos de produção iria torná-lo mais acessível em termos de custos. E Pavesio garantiu que a Yamaha está disposta a ajudar a resolver as lacunas: ‘Qualquer coisa que sirva o desporto no sentido de tornar o motociclismo mais acessível, até num nível de GP, é do interesse da Yamaha. E se pudermos ajudar a resolver isto como construtor, então desempenharemos um papel. Não é por nada que entrámos no projeto de Moto2. Pode não ser uma abordagem convencional começar com uma equipa de fábrica no MotoGP e depois construir para baixo, mas se a oportunidade surgir gostaríamos de continuar a expansão para baixo’.