Sem nunca ter conseguido regressar à NBA depois de, em 2019/20, ter passado pela terceira vez nos Lakers, clube pelo qual havia sido campeão duas temporadas antes, Dwight Howard participou à dias no podcast The Gauds Show e as ondas de repercussão continuam a sentirem-se.
No programa, o poste, de 39 anos, revelou que, uma vez, em 2014, quando escreveu no então Twitter «Free Palestine» (Libertem a Palestina), minutos depois estava a receber um telefonema do commissioner Adam Silver e não só foi obrigado a apagar o tweet como a pedir desculpa.
«Quando se está na NBA, há muitas coisas que queremos dizer, mas sabemos que se as dissermos, haverá repercussões. Podemos meter-nos em sarilhos. Por exemplo, há uns anos, quando jogava nos Houston Rockets, escrevi um tweet a dizer: ‘Libertem a Palestina’ e quase fui expulso da Liga por causa disso. Quis saber porquê», começou por contar o oito vezes All-Star em 18 temporadas na NBA.
«Antes disso, tinha falado com alguns palestinianos que me falaram das dificuldade no seu país. Um dia fui ao cinema em Houston e um grupo de palestinianos aproximou-se… Depois do filme, tirávamos fotografias e pediam-me para sensibilizar para o que se estava a passar no seu país. Eu, tendo um coração grande, pensei: ‘Esta é a ação cristã a fazer’. Assim, escrevi no Twitter: ‘Libertem a Palestina’. Menos de 10 minutos depois, recebi um telefonema do commissioner da NBA, de agentes, pessoas da minha fundação e até de pessoas do Texas, a dizerem-me para apagar o tweet. Disseram-me: ‘Vais meter-te em sarilhos. Tens de apagar este tweet’. Eu só pensava: ‘O que é que eu fiz de tão mau? Alguém pode explicar-me’», foi contanto.
«Tudo porque fui contra a corrente e fiz algo de que as pessoas não gostaram. Depois, cheguei a um ponto em que não podia confiar em nada nem em ninguém. Foi do tipo: não vou dizer nada, não vou fazer nada. Mas isso também foi um problema porque outras pessoas passaram a falar por mim», completou Howard que em 2022/23 atuou na Liga de Taiwan, onde voltou depois de uma passem pelo Dubai, e na época passada tentou voltar à NBA com o desejo de poder integrar a Seleção dos Estados Unidos que se sagrou campeã olímpica nos Jogos de Paris-2024. Objetivo de Dwight já concretizara em Pequim 2008.
No programa, Howard comentou também o seu eterno conflito, público com Shaquille O’Neal, jogador que sempre o criticou, por tudo e nada. «Sei que te importas. Porque o teu rabo inseguro anda a odiar e a dizer m***** há 20 anos. És demasiado grande para seres tão inseguro. Espero que não voltes a falar no meu nome… Sempre tiveste ciúmes. Ciúmes do Kobe [Bryant], do Penny [Hardaway], do Dwayne [Wade]. Também tens ciúmes do Charles [Barkley]. Vai mexer esse grande rabo preguiçoso e inseguro.»