
Acreditar é a palavra de ordem para a equipa do Vizela para a 2.ª mão do playoff da Liga Portugal frente ao AVS SAD. A jogar em casa, mas com uma clara desvantagem (0-3) trazida do primeiro jogo, a turma de Fábio Pereira mantém a crença de que poderá terminar a noite de domingo a festejar a subida.
"Sabemos que é difícil, temos uma desvantagem no intervalo da eliminatória, mas, se não acreditasse já estava na Madeira", afirmou Fábio Pereira que considerou "enganador" o resultado em Vila das Aves.
"Não foi o que esperávamos e depois de analisar o jogo, ficámos ainda mais convictos que o resultado não espelhou o que se passou em campo. O futebol é assim. contam as bolas que entram na baliza e, num playoff, temos de ser mais eficazes. Esta época já fomos capazes de fazer três golos em 45 minutos, também conseguimos fazê-lo em 90"
Há treinadores que têm receitas para ganhar jogos, que sabem que o adversário vai falhar as oportunidades. Eu não tenho essa varinha mágica
Fábio Pereira
Treinador do Vizela
No final da 1ª mão, o técnico do AVS SAD José Mota falou numa estratégia premeditada para levar o duelo para o jogo de transições que os avenses aproveitaram para marcar três golos. Fábio Pereira estranhou.
"Há treinadores que têm receitas para ganhar jogos, que sabem que podem entregar o domínio do jogo porque o adversário vai falhar todas as oportunidades. Se o tipo de jogo, consentir o nosso domínio, foi premeditado só o outro treinador pode dizer. Eu não tenho essa varinha mágica. Cada um tem legitimidade para fazer a sua análise, mas eu não tenho receitas para ganhar playoffs."
O Vizela esteve cinco meses sem perder com Fábio Pereia ao comando. A primeira derrota veio em má altura, mas o técnico não viu a equipa abalada durante a semana. "Senti os jogadores frustrados, mas com expetativa grande. A trabalhar no limite como sempre fizeram. Se tivemos 20 resultados positivos, não é um jogo que nos vai abanar"
À procura de eficácia
"Vamos tentar ser mais consistentes, efetivos, agressivos em todos os momentos. Na 1.ª acabou por ser um penálti e um lançamento de linha lateral a ditar o resultado. Nós tivemos mais situações. O Vivaldo falhou isolado, o Mörschel atirou à barra, houve uma bola cortada em cima da linha. Temos de ser mais eficazes"
Marcar cedo não é determinante
"Temos 90 minutos para marcar três golos, com os descontos 100. Se for a prolongamento, mais 30. Vamos criar várias oportunidades, como sempre fizemos esta época e vamos tentar ser mais eficazes. Se marcarmos aos 10, aos 30, aos 45. a partir daí é procurar o próximo. Já virámos resultados, a perder ao intervalo. Contra o Marítimo (3-2) fizemos três golos em muito menos tempo"
Jogadores de consciência tranquila
"Vamos fazer o que fazemos todas as semanas: jogar para ganhar. Não vamos entrar a pensar que precisamos de três golos, mas sim que temos de marcar o primeiro. Tentar que seja um bom espetáculo, que as pessoas saiam satisfeitas com a imagem que deixámos. Estou preparado para que os jogadores saiam com a consciência de que deram tudo, que trabalhar no limite."