Em ano de transição para a autêntica revolução nos regulamentos que ocorrerá no próximo ano, o Mundial de Fórmula terá, em 2025, ligeiras alterações que visam sobretudo a aerodinâmica e a proteção dos pilotos.

Para 2026 está prevista a maior alteração nos regulamentos técnicos da F1 em muito anos, mas o campeonato que se prepara para arrancar inclui algumas mudanças com influência não desprezível.

Uma dessas modificações às regras tem a ver com a conformidade das asas dianteiras e traseiras asas, cujos elementos que as compõe terão de respeitar uma medida de flexão máxima, para impedir que possam ter efeito de mini-DRS, como sucedeu em 2024. O plano principal das asas não poderá flexionar mais do que 6 mm na direção da carga aplicada, enquanto a aba superior não pode se mover mais do que 7 mm quando a carga é aplicada horizontalmente. Além disso, o plano de fuga da asa traseira só pode ter uma flexão máxima de 3 mm.

As dimensões da asa traseira também foram revistas: o espaço entre os dois elementos da asa foi reduzido de 10-15 mm para 9,4-13 mm. Com o DRS aberto, o limite superior permanece em 85 mm.

Um aumento de 2 kg no peso mínimo do piloto elevará o peso mínimo total dos carros de F1 para 800 kg. No caso de a FIA declarar «risco de calor» - em temperaturas ambientes a partir de 31°C, o peso mínimo será aumentado em 5 kg para compensar o aumento da massa do novo e obrigatório equipamento de arrefecimento do piloto, em que se inclui uma bateria externa para alimentar o sistema. O equipamento consiste numa camisa especial à prova de fogo com uma tubagem interna por onde flui o líquido de refrigeração, conectado a uma unidade de controlo que o bombeia.

Uma das maiores mudanças no formato de 2025 é a eliminação do ponto para a volta mais rápida da corrida (restringido aos 10 primeiros classificados). O objetivo é acabar com estratégias, que se tornaram comuns, de explorar a situação de corrida para fazer uma troca tardia de pneus para conquistar esse ponto, ou simplesmente, impedir que o adversário o conquiste.

A corrida do Grande Prémio do Mónaco passa a ter duas paragens na box obrigatórias (ainda com a obrigatoriedade de utilização de dois compostos de pneus em condições de seco) e piloto que não respeite a nova regra sofrerá penalização de 30 segundos.

Por último, menos influente nos desenrolar das corridas, é o aumento das restrições aos testes de carros anteriores (TPC), com as equipas a poderem indicar apenas um carro para TPC e passa a ser proibido testar em circuitos que tenham sido utilizados antes de um prazo de 60 dias.