O auditório n.º 1 da Cidade do Futebol recebeu, esta terça-feira, o lançamento do novo Guia de Acessibilidades da UEFA, que inclui diretrizes recomendadas pela UEFA de forma a que os clubes e as federações de futebol cultivem o acolhimento de pessoas com necessidades especiais.
O evento integrou um painel de discussão relativo às normas e práticas nele sugeridas para uma plateia composta por dirigentes de vários clubes nacionais, que incluíram seções masculinas e femininas e também de outras nações europeias, e iniciou-se com a intervenção de Teresa Romão, secretária geral da FPF. «Tudo o que aprendemos aqui será importante para o amanhã, porque estamos a fazer algo e não seremos apenas bons embaixadores deste Guia, como levaremos estas lições para as nossas casas, as nossas famílias e as nossas empresas», declarou a dirigente.
Em seguida, Michele Uva, Diretor de Sustentabilidade Social e Ambiental da UEFA, explicou o objetivo deste Guia, que atualiza outro já existente. «O novo Guia é extenso, compreensivo e respeitoso e nele reside a chave que rege o futebol em que mais devemos acreditar», considerou, acrescentando que se encontra «traduzido para 12 línguas» de forma a garantir que seja «partilhado e disseminado» por todas as nações que compõem o futebol europeu.
Sara Holmgren, expert de Sustentabilidade Social e Ambiental da UEFA, detalhou em pormenor cada aspeto do Guia, que incide nas melhores práticas de criação de condições para que pessoas com necessidades especiais possam ter igual acesso ao futebol, começando pelo comportamento inclusivo de cada estrutura até condições efetivas nos estádios e venda de bilhetes tendo em atenção as pessoas com problemas de mobilidade ou qualquer tipo de deficiência.
«Hoje não é o único dia em que teremos de falar sobre acessibilidades. É necessário haver uma colaboração entre marketing, equipas de operações, transportes e outros tipos. Deve haver organização nesses aspetos, na colaboração e abordagem ao tema», recomendou a dirigente da UEFA.
O painel de debate que se seguiu reuniu Rita Ferro Rodrigues, do Departamento de Responsabilidade Social da FPF, Presilia Mpanu-Mpanu, expert em Sustentabilidade Social e Ambiental, Michael Rice, Coordenador de Operações da AccessibAll, e Jo Becker, responsável pela Acessibilidade do Manchester City, que discutiram a urgência na implementação de condições como acessos e casas de banho para adeptos com mobilidade reduzida, locais ou visitantes, a pensar nas famílias.
«Guias como este dizem-nos quão amplas são as possibilidades para que cada instituição esteja perto dos adeptos com deficiência, e que estes possam encontrar as melhores condições quando viajarem para apoiarem o seu clube», afirmou a dirigente do City, respaldada pelos seus companheiros de painel, em concordância sobre a necessidade de que todos possam participar no futebol com organização e segurança, podendo fazê-lo com o aconselhamento do Guia de Acessibilidades, visto como fundamental pelos presentes.