A seleção italiana entrou da melhor forma no Campeonato da Europa ao bater a Bélgica por 0-1, numa partida marcada por um equilíbrio tático e por um momento de génio de Arianna Caruso. Apesar de um início mais afirmativo por parte das Red Flames, a organização defensiva da Itália e a eficácia no momento certo fizeram a diferença.

Durante um grande período da primeira parte, as belgas foram superiores, impondo-se com uma estrutura compacta em 5-4-1 que não só frustrou os intentos ofensivos das italianas, como permitiu transições rápidas e perigosas. A única ocasião clara de golo até perto do intervalo pertenceu mesmo às belgas, quando a capitã e melhor marcadora da seleção, Tessa Wullaert, rematou à malha lateral da baliza de Laura Giuliani aos 41 minutos.

Mas foi a Itália quem chegou à vantagem, poucos instantes depois. Numa jogada em que a lateral Laura Deloose tentou antecipar-se a uma bola dividida, acabou por ser batida por Lucia Di Guglielmo, que serviu Arianna Caruso à entrada da área. A média teve tempo para se posicionar e disparar um remate forte e curvado que só parou no ângulo superior da baliza de Lichtfus - um verdadeiro golaço.

A segunda metade voltou a mostrar uma Bélgica determinada, com várias incursões perigosas de Wullaert, mas sem conseguir materializar em oportunidades claras. Quem esteve perto de marcar foi a Itália, aos 65 minutos, quando Cristiana Girelli desviou um cruzamento no primeiro poste e obrigou Lichtfus a uma defesa instintiva.

Com o relógio a correr contra as belgas, as italianas souberam gerir o tempo com sucessivas paragens por lesão, muitas delas de legitimidade duvidosa, que quebraram o ritmo e aumentaram a frustração das jogadoras da Bélgica.

Já nos minutos finais, Michela Cambiaghi esteve por duas vezes perto de fechar o resultado: primeiro com um remate ao lado, depois com um remate colocado que Lichtfus desviou para canto com grande qualidade.

Sem conseguir criar perigo real nos minutos finais, a Bélgica sai deste jogo com a sensação de oportunidade desperdiçada e com margem de erro reduzida para os próximos compromissos. Já a Itália soma três pontos preciosos e reforça a confiança numa fase de grupos que promete ser renhida com Portugal e Espanha no mesmo lote.