No seguimento dos testes em Sepang, Jack Miller partilhou uma análise detalhada dos aspetos técnicos da sua nova Yamaha, identificando tanto os pontos fortes como as áreas a aperfeiçoar, de forma a preparar a máquina para as exigências da MotoGP e para que esta volte a uma posição mais desafiante e competitiva.

Ao iniciar a sua avaliação, o piloto referiu: ‘Ao subir na moto, um dos pontos mais fracos era a aderência traseira, mas, a parte frontal estava fenomenalmente fantástica… É um jogo de equilíbrio. Estamos a tentar manter essa qualidade o melhor possível, enquanto elevamos o desempenho da traseira. Fizemos bons progressos. Entre isso e a eletrónica, estamos a trabalhar para tornar a moto mais competitiva nas corridas’.

Miller explicou depois em que aspetos a Yamaha lhe parece ser forte e como isso… pode também ser parcialmente «mau»: ‘Resposta, curvas, travagem. Nunca tinha pilotado uma moto com uma parte frontal assim. É uma bênção, mas também uma maldição, porque não se sabe onde está o limite!’.

E explicou: ‘Estás sempre a forçar, forçar, forçar e continua lá! É impressionante, mas é preciso muito para ganhar confiança’.

O australiano revelou ainda: ‘Ter a confiança e explorar a parte frontal será fundamental. Outra coisa importante para mim foi ver antigos pilotos da Yamaha manterem as duas rodas em linha. O meu estilo, em zonas de travagem em linha reta, é recuar a moto, utilizando a traseira’.

Com este método, conseguiu preservar o ponto forte da Yamaha nas curvas, afirmando: ‘Consegui encontrar uma forma de não perder o ponto forte da Yamaha na velocidade em curvas e na entrada, ao mesmo tempo que travo a moto na Curva 9 e 1. É agradável, efetuar ultrapassagens, travar a moto quando necessário. É uma ferramenta necessária na MotoGP, para iniciar as ultrapassagens’.