
O judoca João Fernando considerou esta segunda-feira que, "embora o resultado não saiba a nada", teve um dos melhores desempenhos em Mundiais e, enquanto puder, vai conciliar a prática do judo com a aposta em ser piloto de aviação.
"Nunca fui muito feliz no mundial, acho que foi a minha melhor prestação. O balanço que faço é o de que estou entre os melhores, independentemente do resultado, seja nono, sétimo, 11º, o que for. O judo que demonstrei, com os atletas com quem lutei, deu para perceber que estou no sítio certo", referiu no final o judoca.
João Fernando sai dos Mundiais depois de duas vitórias, com o húngaro Atila Ungvari e com o tajique Somon Makhmadbekov, que era primeiro cabeça de série em -81 kg, e uma derrota, nos oitavos de final, com Nugzari Tatalashvili, dos Emirados Árabes Unidos.
"É uma categoria, quer dizer, acho que neste momento todas as categorias são muito disputadas, não há combates fáceis, portanto acho que, embora o resultado não saiba a nada, a absolutamente nada, a prestação não foi nula", acrescentou.
A presença do judoca do projeto olímpico em Budapeste segue-se à participação nos Europeus em Podgorica, em abril, com João Fernando a dividir atualmente o judo com a aposta no curso de piloto de aviação comercial.
"É um dos meus sonhos (...). Sou uma pessoa com muitas ambições, quer em termos académicos, como já correu bem [tem o curso de engenharia aeroespacial], em termos profissionais e em termos desportivos. Portanto, eu tento conciliar tudo da melhor maneira e fazer as coisas ao limite. Isto não só quer representar a seleção nacional, como um dia, quem sabe, a companhia de Bandeira. Ou seja, eu deixo-me guiar pela ambição, pelo sonho. E aquilo é o que me dedico, dou sempre o meu melhor. Portanto, enquanto puder fazer tudo, eu tento fazer tudo", finalizou.
Portugal prossegue a participação nos Mundiais de judo na terça-feira, com Taís Pina a competir em -70 kg, e na quarta-feira, dia em que encerra a competição, com Patrícia Sampaio (-78 kg) e Jorge Fonseca (-100 kg).