A direção do GD Estoril Praia encontra-se entregue a uma comissão de gestão há praticamente dois meses e aguarda eleições que, em princípio, terão lugar em setembro, mas já se perfilam dois candidatos à liderança do clube: a Carlos dos Santos junta-se agora João Vieira, que apresentou a sua candidatura a A BOLA.

«Com a renúncia da anterior direção, senti que era o momento certo para assumir essa responsabilidade. Reuni então um grupo de estorilistas com provas dadas nas suas áreas profissionais e uma equipa de gestão, todos com um forte compromisso com o clube e dispostos a trabalhar de forma desinteressada e pro-bono. Juntos, preparámos uma lista sólida», fez saber João Vieira, que se apresenta como um estorilista dedicado e habilitado a conduzir os destinos da instituição.

«O Estoril sempre fez parte da minha vida. O meu pai foi jogador e treinador do clube, fiz toda a minha formação futebolística aqui e o meu filho também representou o Estoril durante dez anos. Acompanho o clube desde sempre, mesmo tendo seguido uma carreira profissional fora do futebol - sou engenheiro civil de formação e mais tarde conclui um mestrado em Gestão Executiva na Nova SBE», revela.

O agora candidato à presidência considera importante incentivar a expansão do clube e deixa uma marca a atingir, propondo-se a alcançar os 10 mil associados «O principal propósito do Estoril é servir a comunidade, promovendo o acesso à prática desportiva e a atividades culturais. Estamos a falar de mais de 1.500 atletas, o que representa 1.500 famílias que vivem diariamente o clube. A nossa meta é clara: atingir os 10 mil sócios efetivos», estipula.

«Para isso, desenvolvemos uma estratégia sólida que passa por oferecer vantagens reais aos sócios, garantindo que o valor da quota não seja um obstáculo», argumenta João Vieira, que conta com toda a comunidade para fazer crescer o Estoril.

«O futebol profissional é o coração do Estoril, mas o clube é a sua alma. Basta conhecer a história da sua fundação e falar com os cascalenses para perceber que esta é muito mais do que uma equipa de futebol, é um símbolo identitário da região, um verdadeiro gigante adormecido que queremos despertar. Esse despertar, no entanto, não pode ser responsabilidade exclusiva do clube», alerta.

«É fundamental envolver todos os agentes estratégicos: o futebol profissional, a autarquia o Turismo de Cascais. Só com uma visão partilhada e uma estratégia conjunta poderemos projetar o Estoril Praia para o lugar que merece. O Estoril é uma marca premium do concelho, tal como o Estoril Open no ténis, as Festas do Mar, os campos de golfe de referência ou a Nova SBE, cada um na sua área. O clube tem um potencial enorme para reforçar a projeção nacional e internacional de Cascais.

«Não necessitamos de investidores desalinhados com os nossos valores, necessitamos sim de envolvimento, de compromisso e de visão estratégica», considerou o associado estorilista, que garantiu não se candidatar contra ninguém, mas sim em prol do clube que admira.

«O número de sócios votantes no Estoril é, infelizmente, ainda reduzido e faz com que nos conheçamos praticamente todos. Por isso, não vemos esta eleição como uma corrida contra ninguém, estamos todos do mesmo lado. Qualquer movimento que venha por bem e com o intuito de contribuir para o crescimento do Estoril é sempre bem-vindo», afirma, esperando contribuir para uma eleição que engrandeça a instituição.