Luís Freire analisou o empate diante do Arouca, a duas bolas (2-2), no jogo de estreia no comando técnico do Vitória.

"Claro que estamos frustrados, ninguém está satisfeito por termos empatado depois de termos estado a vencer por 2-0. Depois da vantagem de dois golos procurámos mais golos no primeiro tempo. Acabamos por entrar bem, os jogadores mostraram que queriam mesmo dar uma excelente resposta. Mostrámos um pouco aquilo que estes jogadores podem fazer quando se sentem mais confiantes. O resultado ao intervalo era justo, mas depois sofremos o 2-1 quando perdemos a bola numa jogada perigosa. Esse golo mudou o jogo para nós. Tivemos muita vontade mas perdemos discernimento. Foi um jogo mais emocional, descontrolado, que partiu e podia ter dado para qualquer lado. Perdemos um pouco o foco na organização depois do 2-1. Essa perda de estabilidade emocional levou a a um jogo partido e ao 2-2", começou por dizer.

Em relação aos golos do Arouca, que suscitaram protestos dos vitorianos e até um comunicado já divulgado pelo clube, Luís Freire reagiu assim, sobre eventual ilegalidade nos dois golos. "O que me disseram foi isso, mas não posso falar por mim. A análise que me transmitiram foi essa. E se isso é real são dois lances que nos prejudicaram. Mas, temos de nos agarrar ao que controlamos. Temos de ser mais esclarecidos, mais compactos. Tínhamos capacidade para fazer mais aquilo que fizemos na primeira parte. Pagámos a fatura emocional, mas também a física com a saída de três jogadores com queixas. O Marco Cruz foi uma alternativa que tivemos de trabalhar em função das baixas", disse.

Saídas iminentes de Manu Silva e Kaio César, Luís Freire não quis comentar: "Não me compete estar a falar sobre o mercado de transferências. O meu foco é a equipa, temos muita coisa para fazer, melhorar os jogadores, dar-lhes confiança e ajudá-la a ultrapassar este momento difícil."