Martim Fernandes, lateral do FC Porto, fez esta terça-feira o ponto de situação da pré-temporada dos azuis e brancos, que passa até ao final da semana pelo estágio na Áustria e que Record está a acompanhar. O defesa-direito revelou alguns detalhes do discurso de Francesco Farioli ao grupo, abordando também a possível saída de João Mário do clube.

"Acho que esta visita à Áustria serve mais para unir o grupo. O treinador é novo, temos que unir o grupo, acho que foi mais esse o objetivo deste estágio. A equipa técnica é competente, é boa. Acho que meter-nos numa formação tática com quatro atrás, na minha opinião, prefiro. E acho que estamos a enquadrar-nos bem nas ideias do míster. Vindos das férias é normal que fiquemos mais doridos, mais cansados, mas acho que já estamos a apanhar o ritmo e vamos chegar da melhor forma ao campeonato. Jovens da equipa B? A malta aqui é porreira, acho que eles estão a adaptar-se bem e estamos a acolhê-los da melhor forma", referiu.

O defesa tem altas ambições para 2025/26, contando para isso com o auxílio de Francesco Farioli. "Como referi, acho que estamos todos a dar-nos bem com as ideias do míster. Acho que estamos todos a remar para o mesmo caminho. Se continuarmos assim, como está a correr até agora, acho vamos ter uma época feliz. O míster quer de volta a mística do FC Porto. Como posso dizer isto...? Não quero dizer que os outros não tinham, mas quer aquela raça de dragão, quer tentar... Que soframos pelos nossos colegas de equipa, todos juntos dentro de campo, voltar a ser o que éramos há anos", disse, dando conta dos erros que não podem ser cometivos: "Há que ter uma maior dedicação do grupo tanto nos jogos como fora de campo, tudo..."

Com João Mário a ser negociado com a Juventus, Martim Fernandes não se furtou a perspetivar uma eventual saída do companheiro à luz de uma possível via aberta no onze. "Titular? Falar assim até parece que eu já sou... Estou há muitos anos aqui, mas... O João sempre foi o meu colega, sempre gostei dele. Se ele sair, acho que vou ficar aqui como responsável e acho que quero transmitir confiança aos adeptos", referiu, vincando o seu gosto pela camisola 52, o seu "primeiro número como profissional", embora admita que "gostava de ter o 2", sendo que é possível "resolver isso". Sobre a sua ambição ao nível da Seleção Nacional, isto com o Mundial'2026 no horizonte, Martim Fernandes assume o desejo: "Coloco isso em perspetiva, mas tenho que trabalhar para isso e tenho que dar cada vez mais em cada dia de trabalho. Quero afirmar-me nesta época sim."