Martín Anselmi admite que não terá muito tempo para preparar a equipa para a decisão da fase de liga da Liga Europa, esta quinta-feira, diante do Maccabi Tel Aviv, na quinta-feira, ainda assim acredita que já conseguirá ter algum impacto na equipa. Para tal conta com a paixão coloca no trabalho, algo que, disse, sentiu também por parte dos dragões no contacto que já teve com as pessoas do clube.

Chegada a meio da época é um risco
"No final das contas, acho que iniciar um processo com a temporada já a meio não é o melhor contexto. Mas acredito que, às vezes, é o que é. Toca-nos trabalhar e começar a, primeiro, construir uma equipa competitiva. E isto tem de se transmitir logo no primeiro treino. E depois, com um dia de recuperação, não podemos preparar muito o jogo, até porque há uma viagem pelo meio... É um jogo decisivo, mas vamos transmitir aos jogadores, em tão pouco tempo, a nossa essência. E acredito que isso se vai refletir na quinta-feira".

Tempo que demorou a decidir e o que lhe pediram
"Quanto foi? Umas horas? [Pergunta a Villas-Boas]. Sabemos da exigência, do que significa o FC Porto. Sabemos os objetivos do FC Porto, lutar para estar sempre lá em cima. Somos treinadores que trabalham, como qualquer um de vós. Não é de um dia para o outro que se vê esse trabalho, leva tempo. Mas temos de ter como certeza que precisamos de ser melhores do que ontem. Todos os dias. É uma luta para sermos melhores. E precisamos de perceber e ter a humildade de perceber em que aspetos estamos a falhar, para podermos melhorar. Somos muito exigentes connosco e com os que nos rodeiam. Quando vemos que essas melhorias vão aparecendo, ficamos convencidos de que vamos chegar onde todos os portistas querem".

O que já viu de bom na equipa para potenciar
"Trabalhámos extensivamente na nossa análise do plantel, ver que posições podemos dar a cada jogador. Mas também queremos ir descobrindo com cada treino aquilo que nos podem dar, também são eles [os jogadores] que nos podem mostrar isso. Claro que a princípio tenho uma ideia, mas não se pode ficar por aí. É preciso acreditar e defender esta ideia. Gosto que os jogadores participem, que opinem e nos mostrem soluções, à medida que vão passando os treinos e jogos. E acredito que isso não se vê em vídeo, vê-se cara a cara. Em cada jogo, cada treino. Gosto de trabalhar individualmente com os jogadores. Acredito que neste contexto é essencial aproveitar todas as horas. Resolver tudo em vídeo, se for preciso. Temos pouco tempo e é preciso melhorar. Acredito que temos jogadores bons, totalmente capacitados para jogar no FC Porto, e queremos convidá-los a serem melhores".

O que o levou a aceitar o convite do FC Porto
"Sei o que significa o FC Porto. É bom que a nossa primeira experiência na Europa seja num clube tão grande. A convicção que o presidente mostrou... Senti que, se não aceitasse este convite, não ficaria bem comigo. Ficaria com essa sensação. Claro que há história, títulos, mas também há as pessoas, Portugal. Toda a gente que trabalha no FC Porto é incrível. Ajudaram-nos em tudo e ainda mais. Acredito que essa essência que se respira em cada pessoa que está neste clube, na cultura do trabalho, esta paixão... Para fazer as coisas bem há que fazê-las com paixão. Foi isso que me fez apaixonar pelo clube".