Após um empate e uma derrota, o FC Porto parte para a última jornada da fase de grupos do Mundial de Clubes numa posição delicada. Os dragões não dependem de si para seguir em frente, sendo que, numa primeira instância, vão ter de ultrapassar o Al-Ahly.

Pouco tempo antes do apito inicial, Martín Anselmi realizou a habitual conferência de imprensa de antevisão. O técnico argentino

Martín Anselmi em discurso direto

O que espera do jogo de tudo ou nada?: «Creio que, para lá de pensar no adversário, temos de pensar em nós. Temos de competir de maneira diferente. Sentimos que no último encontro não competimos como queremos, tanto ofensiva como defensivamente. Temos o orgulho ferido e não é esta imagem que queremos dar. Temos uma oportunidade para reverter essa imagem, contra um adversário poderoso no continente africano, ganhou duas das últimas quatro Liga dos Campeões. Tem um bom treinador, tem jogadores dinâmicos... São tricampeões. Temos de fazer bem o nosso trabalho.»

Pensa em mudar de estratégia? «Falámos muito dos nossos erros. Falamos entre nós, sabemos entre nos equivocámos e não o podemos permitir. Não queremos passar pelo Mundial de Clubes com esta imagem. Sabemos que no Porto amanhã é um dia festivo, um dia importante para a cidade e queremos que a festa seja completa. Para isso temos de ganhar amanhã e dar aos adeptos essa alegria.»

As palavras de Villas-Boas: «Desde que cheguei aqui conheci um presidente que dedica todo o seu tempo ao FC Porto, que está comprometido todo o dia, sem folgas, sem férias, sem horários... e nós também. Para nós o FC Porto é o mais importante que temos. É importante fazer autocrítica a nós mesmos, perceber o que não estamos a fazer bem, saber o que nos falta... É preciso dar o murro na mesa, mas temos de saber que murro queremos dar, não dar por dar.»

Plantel pode jogar neste sistema?: «Sistema é uma palavra ampla. Não vejo o futebol por sistema, mas por modelo, essência. Num plantel muitos futebolísticas são capazes de fazer o necessário. A equipa melhora o indivíduo e não o contrário. É evidente que vamos ter que incorporar tarefas novas, jogadores que nos vão dar algo diferente em diferentes partidas. Mas como disse, o essencial é a próxima partida e só depois pensar no que me estás a perguntar.»

Futuro depende deste jogo?: «Reconhecer se sou ou não capaz de fazer o meu trabalho, se sou ou não capaz de reverter ou não uma situação... É difícil ver-me rendido. Sinto-me tranquilo com o meu trabalho e do meu corpo técnico. Temos a consciência muito tranquila sobre darmos tudo pelo clube, sabemos o que nos falta, o que sabemos que temos de modificar para a próxima temporada.»