Apesar de reconhecer dificuldades com o desgaste dos pneus, Maverick Viñales elogiou a performance da KTM e o seu potencial, após terminar em quinto lugar na corrida principal em Assen.

O espanhol sentiu os limites da moto em aceleração, mas viu sinais claros de evolução no pacote técnico. A potência da RC16 surpreendeu-o em plena reta, ainda que o controlo da tração seja uma área a refinar.

‘É a primeira vez que sinto que a moto em plena reta vai a patinar. Ou seja, esta moto tem muita potência. O pneu sofreu com isso. Ia na reta, na reta da meta e na reta de trás, até à quinta mudança, impressionante. Ia a meio gás, incrível. Não tem piada nenhuma porque não se avança, mas sim, dizes “epá, aqui há motor” [brincava]. Não, há motor. A moto corre. Apesar de não ter sido, por enquanto, o melhor circuito para a nossa moto, tirámos um resultado muito bom.’

Viñales sublinhou também a importância de qualificar bem para evitar confusões nas primeiras voltas. ‘Porque depois, por exemplo, fiz as três primeiras voltas a dar um empurrão ao pneu para tentar passar pessoal ou tapar espaços. Porque sentia a moto do Diggia que me queria passar. E travas tarde, paras, vais largo e isso não é maneira de conduzir a moto. Há que sair à frente e evitar esse caos e depois, claro, já é outra corrida. No Qatar, que fiquei logo em terceiro, foi logo outra corrida.’

O desempenho de Pedro Acosta, quarto, reforçou o sentimento de progresso dentro da marca austríaca. ‘Diz que vamos pelo bom caminho e que a moto tem potencial. É muito positivo, eu digo sempre, temos de tentar que todos os da KTM andem rápido para continuar a evoluir e a melhorar. O Pedro fez uma corrida muito boa.’