
Miguel Oliveira confessou que, apesar das lesões e das dificuldades das últimas temporadas, sente que o seu lugar continua a ser no paddock da MotoGP. A paixão pelas corridas mantém-se intacta.
‘Os últimos anos, os dois anos com a Aprilia, foram complicados nesse sentido. Não fiz as corridas que gostaria de ter feito, andei algum tempo tocado, tive de fazer recuperações’, explicou o português no PecinoGP, citado pelo Motosan, admitindo dificuldades no seu período com a fabricante italiana.
O piloto português rejeita a ideia de que voltar sem estar a 100% seja um erro. Para ele, há um objetivo claro: recuperar sensações e ritmo de forma segura: ‘Não, no final o que tentas fazer é estar no mínimo para poder voltar. Claro que se andas tocado dois ou três segundos mais lento, isso não faz sentido. Mas voltar para te adaptares à moto, para ganhar tempo de forma segura e relativamente competitiva, isso sim faz sentido. E foi o que encontrei em Le Mans. Fisicamente estava bem para andar de moto, não era competitivo, mas era o mínimo para poder rodar e ganhar sensações. E isso é o bom, já ter um primeiro contacto.’
A ausência das pistas reforçou-lhe a certeza do lugar que quer ocupar no mundo das corridas: dentro e não fora.
– Na minha experiência, é o que mais reforça que o paddock é o meu mundo. Estar em casa e ver que aquilo que mais gostas está a ser feito por outro no teu lugar, não há nada que doa mais. Então pensas: «Esse tipo devia ser eu, sou eu que devia estar ali e não aqui em casa». A dúvida não existe, porque no final a única dúvida que tens é quanto tempo vais demorar a voltar.’
Miguel Oliveira foi claro: o seu mundo não é o sofá. É o paddock, é a competição. E é aí que ele quer continuar.