O português Miguel Oliveira (Yamaha) admitiu ter ficado "frustrado" com o incidente na primeira volta que o levou a abandonar o Grande Prémio da Holanda de MotoGP, 10.ª ronda do Mundial de motociclismo de velocidade.

O piloto natural de Almada, que arrancou da 18.ª posição, ganhou três lugares após o arranque mas viu-se envolvido numa confusão logo na quinta curva do circuito de Assen.

"Foi simples e frustrante, foi um típico incidente de início de corrida. Fiz um bom arranque, ganhei três posições e tudo estava a correr bem", começou por explicar o luso, citado pela assessoria de imprensa da Prima Pramac.

No entanto, na curva cinco, "o [Johann] Zarco mergulhou para dentro [da curva], mesmo atrás de dois outros pilotos e o Jack [Miller] estava atrás deles, a travar no exato momento" em que Oliveira acelerava.

"Nesse instante, toquei na roda traseira dele e quase fui cuspido da mota. Felizmente, o [Ai] Ogura estava ali e segurou-me. Ambos saímos de pista, ele caiu, eu consegui regressar à corrida, mas a carenagem dianteira estava partida e o guiador torto", explicou.

Oliveira parou nas boxes e regressou à prova, com uma volta de atraso.

"Ainda tentei continuar, parei para mudar a carenagem e voltei à pista, com esperança de uma bandeira vermelha, mas após algumas voltas tive de desistir. É uma pena, porque acreditava mesmo que hoje podia ter sido uma boa corrida, talvez até dentro do top 10, mas nunca saberemos. No fim, saímos do fim de semana sem pontos --- e essa é a realidade", concluiu.

A corrida neerlandesa foi vencida pelo espanhol Marc Márquez (Ducati), que reforçou a liderança do campeonato.

Miguel Oliveira é 23.º, com seis pontos.

O piloto luso vai, agora, ter dois dias de testes privados com a Yamaha, terça e quarta-feira, em Brno, na República Checa, antes da próxima corrida, na Alemanha, dentro de duas semanas.