Cerca de três semanas depois da complicada deslocação à Baviera - por pouco, a Muralha em Munique não foi montada com sucesso -, o Benfica volta à ação na Liga dos Campeões, tendo o Stade Louis-II como anfiteatro do duelo contra o Monaco.
Apesar de nem um mês ter passado desde a visita à Baviera, as nuvens críticas à equipa de Bruno Lage face à matriz de jogo conservadora apresentada parecem ter sido há uma eternidade. A retumbante vitória sobre o FC Porto e a chapa sete aplicada ao Estrela da Amadora serviram de arejo, surgindo agora a terceira etapa deste processo, depois de um curto período de alguma perda de fulgor exibicional.
Hora de recuperar a aura milionária
Após um início de Champions auspicioso, os encarnados têm a missão de regressar aos êxitos. As duas derrotas consecutivas não afastaram a turma de Bruno Lage da zona verde da classificação, mas atiraram a equipa para a cauda dessa mesma zona.
Com seis pontos em 12 possíveis, o clube da Luz sabe que, em caso de triunfo, volta a constar numa parte bem mais interessante: a que está perto do top-8 e que garante acesso direto aos oitavos de final.
Privado de Tiago Gouveia, Renato Sanches e, por último, de Jan-Niklas Beste - não viajou para o Principado -, o técnico encarnado vê-se, ainda assim, com as habituais opções iniciais ao seu dispor. Após a goleada na Taça de Portugal onde promoveu alguma rotação na equipa, é quase certo o regresso de todos os pesos-pesados ao onze-base.
Trubin, Kökçu, Kerem Aktürkoglu e Pavlidis estarão, a menos que algum contratempo aconteça, de volta, surgindo a dúvida em torno do eixo defensivo: manter António Silva ou fazer regressar Tomás Araújo? Suplente na partida ante os tricolores, não será de estranhar o retorno do central de 22 anos.
Do lado anfitrião, o Benfica pode esperar dificuldades. E das grandes. Apenas com duas derrotas num total de 16 jogos para todas as competições em 2024/25, o Monaco surge como uma das boas sensações da Liga dos Campeões, como bem ilustra o terceiro lugar que atualmente ocupa.
Com Folarin Balogun como baixa de vulto - não joga desde 5 de outubro -, Adi Hutter tem demonstrado grande engenho a suprir a ausência daquele que se vinha a afigurar como homem-golo da equipa.
Com belas e vastas armas ao dispor, o técnico alemão deve manter a estrutura da equipa no 4-2-3-1. Assim sendo, nomes como Radoslaw Majecki (baliza), Thilo Kehrer, Wilfried Singo ou Caio Henrique na defesa ou Ben Seghir e Minamino no meio-campo ofensivo ou Breel Embolo no ataque, devem ser algumas das principais dores de cabeça da águia, neste quinto capítulo da liga milionária.
De notar ainda os únicos dois confrontos entre as equipas. Então para a fase de grupos da Champions de 2014/15, o empate em solo monegasco deu lugar ao triunfo conquistado no Estádio da Luz, que possibilitou manter os encarnados à tona por um lugar na fase a eliminar dessa edição da prova. Elemento decisivo? Anderson Talisca!