O Nacional ainda não conseguiu dois resultados positivos consecutivos esta temporada, mas, do mal o menos, voltou a fazer da Choupana a sua fortaleza e confirmou-o, ontem, frente ao Moreirense, que venceu pela margem mínima, é verdade, mas com inteira justiça, amealhando três preciosos pontos que tiveram como efeito imediato o adeus ao fundo da classificação, graças a pulo que catapultou os insulares do 16.º para o 14.º lugar, agora com 12 pontos.

Sete desses foram conquistados, precisamente, nas últimas três jornadas disputadas no Estádio da Madeira, isto antes da receção do próximo dia 19 ao Benfica, que, para a equipa de Tiago Margarido, acarraterá muito menos pressão depois da vitória nesta jornada.

Os minutos iniciais do jogo não faziam antever vida fácil para o Nacional, porque a estratégia de César Peixoto saltou rapidamente à vista: pressão intensa e alta logo na saída de bola dos alvi-negros, com cinco/seis unidades no meio campo dos anfitriões a procurarem estorvar ao máximo a primeira fase de construção, com o intuito de tirarem proveito de alguma ansiedade da equipa de Tiago Margarido.

Erro de Luís Esteves aos 6', que redundou num remate de Sidnei por cima da barra, parecia traduzir o intuito do plano de jogo dos cónegos. Mas o Nacional fez questão de provar o contrário. Apesar de um certo equilíbrio nos primeiros 45', foi a equipa da casa a ter nota mais e a ameaçar o golo mais vezes, esbarrando, apenas, na competência de Kewin entre os postes do Moreirense. Aos 23', Schettine fez golo, mas foi apanhado em posição irregular e até ao intervalo os cónegos não mais voltaram a dar com a baliza de Lucas França.

Peixoto mexeu logo na equipa após os primeiros 45', lançou Gabrielzinho, mas foi pior a emenda que o soneto. O Moreirense continuou sem conseguir pegar no jogo, sem acertar com as transições rápidas, mérito do Nacional, que foi crescendo na produção ofensiva e não desesperou quando viu Luís Esteves estremecer a barra da baliza de Kewin com bomba do meio da rua, aos 48', que foi prenúncio para o que viria aos 55', o golo de José Gomes, num canto de Bruno Costa da direita, ao qual o Moreirense mal conseguiu reagir, tirando o pressing nos minutos finais, que pouco incómodo causou.