
Novak Djovic vive atualmente o pior momento da carreira, seja a nível técnico seja psicológico. O antigo número 1 disse após a eliminação no Masters 1.000 de Madrid, na segunda ronda, diante do italiano Matteo Arnaldi, que esta poderá ter sido a sua última presença na capital espanhola, numa mensagem cheia de dúvidas pouco habituais sobre o seu futuro.
«Poderá ser. Não tenho a certeza se voltarei. Por isso, não sei. Não sei o que dizer. Penso que voltarei, mas talvez não como jogador. Espero que não, mas poderá ser.»
As expectativas após Monte Carlo não eram elevadas.
«Para ser sincero, não eram elevadas. Esperava jogar mais um jogo do que em Monte Carlo. Esta é, de certa forma, a minha nova realidade, devo dizer. Vencer um ou dois jogos, e não pensar em chegar às fases mais avançadas do torneio, é uma sensação completamente diferente da que tive nos mais de 20 anos de ténis profissional, por isso é um grande desafio mental para mim. É o ciclo da vida e da carreira. Tinha de acontecer a dada altura. Agora tento usar isso como uma força que me impulsionará no futuro. Claro, já o disse muitas vezes, os Grand Slams são os torneios mais importantes para mim. Isso não significa que não quisesse vencer aqui. Claro que sim, mas quero mostrar o meu melhor ténis nos Grand Slams. Não tenho a certeza se conseguirei em Roland Garros, mas darei o meu melhor.»
O próximo torneio para o melhor tenista de todos os tempos poderá ser Roma, que começa a 7 de maio e termina 11 dias depois.
Arnaldi chocado com a vitória sobre Djokovic
Após o jogo, Arnaldi recebeu uma caneta para deixar uma primeira mensagem gravada na câmara da transmissão e escreveu apenas «OMG», que significa «Oh meu Deus».
Logo de seguida, o italiano revelou que Nole é o seu ídolo.
«O Novak é o meu ídolo, sempre foi. Estava entusiasmado por poder jogar com ele. Nunca joguei, apenas treinámos em Roma. Ele não está no seu auge neste momento, e eu tentei jogar o meu melhor ténis, não sei o que dizer. Nunca joguei, nem treinei neste estádio. Não sabia como as coisas iriam correr, e jogar contra um jogador como o Novak... Tentei forçá-lo a cometer alguns erros. Quando entras num jogo e começas a sentir essa tensão, é uma sensação especial, e acho que ultrapassei o bloqueio ao vencer o primeiro set. Vejo-o jogar desde que era criança, com nove ou dez anos, e sempre quis jogar como ele.»