A I Liga portuguesa de futebol 2024/25 rendeu um total de 786 golos, à média de 2,57 por encontro, quase menos uma centena do que o recorde de 877 em campeonatos a 18 equipas, estabelecido na época passada.

Entre as 27 edições com 34 jornadas (1989/90, 1991/92 a 2005/06 e desde 2014/15), o registo desta temporada, com 393 golos em cada volta, falha o top 10, que fecha com os 797 tentos de 1995/96, ‘instalando-se’ no 11.º lugar.

Em relação à época passada, foram, porém, muito os golos que se ‘perderam’ (91), sendo que o problema não esteve nos três ‘grandes’, que, em conjunto, somaram 237 golos, mais um do que os 236 de 2023/24.

Ainda assim, o Sporting, que voltou a ser o melhor ataque, com 88 golos, ficou longe dos 96 da época passada, a sua terceira melhor marca de sempre, igualando o registo de 1973/74. No século XXI, o conjunto de Ruben Amorim apenas ficou atrás dos 103 do Benfica de 2018/19.

O maior problema foram, porém, os ‘pequenos’, pois se em 2023/24 nenhum clube ficou abaixo dos 30 golos, o que não sucedia desde 2002/03, desta vez quatro ficaram bem abaixo, nomeadamente AVS (25), Farense (25) Estrela da Amadora (24) e Boavista (24), os quatro últimos da tabela.

O Arouca, com menos 19 golos (35 contra 54), foi o clube que mais baixou.

Gyökeres a duplicar

O melhor português foi Ricardo Horta, o melhor marcador da história do Sporting de Braga, que somou 11 golos. Bem longe ficou o líder da lista e avançado ‘leonino’ Viktor Gyökeres, que voltou a ser o ‘rei’, desta vez com 39 golos, contra os 29 de 2023/24, sendo secundado, de longe, pelos 19 do grego Pavlidis (Benfica) e do espanhol Samu (FC Porto).

O sueco tornou-se o 19.º jogador a conseguir um segundo título de melhor marcador da I Liga portuguesa de futebol. O jogador escandinavo junta-se no sétimo lugar do ranking a outros 14 futebolistas, sucedendo ao brasileiro Jonas, que, ao serviço do Benfica, foi o melhor marcador da competição em 2015/16, com 32 golos, e em 2017/18, com 34.

Neste lote estão mais uma série de grandes figuras da história do campeonato português, casos de Soeiro, Rodrigues, Julinho, Matateu, Artur Jorge, Yazalde, Jordão, Nené, Paulinho Cascavel, Liedson e Óscar Cardozo.

Acima de Gyökeres, ficam apenas seis jogadores, sendo que o sueco poderia, caso permanecesse no campeonato português, atacar na próxima época o registo do colombiano Jackson Martínez, ‘rei’ dos goleadores pelo FC Porto em 2012/13, 2013/14 e 2014/15.

Os cinco primeiros lugares estão muito distantes, numa lista liderada pelo ‘rei’ Eusébio, que, ao serviço do Benfica, foi o melhor marcador em sete ocasiões (1963/64, 1964/65, 1965/66, 1966/67, 1967/68, 1969/70 e 1972/73).

Com a derradeira conquista, o ‘pantera negra’ destronou do primeiro posto Peyroteo, que, no comando do ataque do Sporting, foi o melhor concretizador por seis vezes, em 1937/38, 1939/40, 1940/41, 1945/46, 1946/47 e 1948/49.

No segundo lugar, está também Fernando Gomes, que, com a camisola ‘azul e branca’, conquistou o cetro dos goleadores em 1976/77, 1977/78, 1978/79, 1982/83, 1983/84 e 1984/85, igualando os seis títulos de Peytoteu, a um de Eusébio.

Um patamar abaixo, com cinco ‘coroas’, estão o bicampeão europeu José Águas, o melhor em 1951/52, 1955/56, 1956/57, 1958/59 e 1960/61, e o primeiro estrangeiro, o brasileiro Mário Jardel, ‘rei’ em 1996/97, 1997/98, 1998/99 e 1999/00, sempre ao serviço do FC Porto, e em 2001/02, já pelo Sporting.

Com o triunfo de 2024/25, depois do da época passada, Gyökeres deu o sexto troféu ao Sporting no Século XXI, sucedendo a Jardel (‘rei’ em 2001/02), Liedson, que ‘bisou’ (2004/05 e 2006/07), Bas Dost (2016/17) e Pedro Gonçalves (2020/21).