Há 12 meses, Nuno Borges tornou-se no primeiro tenista português de sempre a atingir os oitavos de final do Open da Austrália, o major inaugural da temporada da bola amarela. A campanha histórica abriu caminho para um ano de enorme qualidade, onde voltaria a estar entre os 16 melhores de um Grand Slam, atingindo, também, a quarta ronda no US Open.
Para 2025, o maiato entrava com a pressão de defender os pontos do ano passado. E está a lidar com isso na perfeição. Após bater, com contundência, o francês Alexandre Müller na estreia em Melbourne, Borges fez ainda melhor.
Frente a Jordan Thompson, um jogador da casa, o português foi altamente assertivo. Numa hora e 48 minutos, o 33.º do ranking ATP triunfou frente ao 27.º por 6-3, 6-2 e 6-4.
Nuno Borges fica, assim, a um triunfo de igualar a proeza de atingir os oitavos de final. Mas, para chegar à seguinte eliminatória, o número um nacional terá de conseguir um resultado histórico.
O próximo adversário do português será Carlos Alcaraz, num embate que se disputará na sexta-feira, 17 de janeiro, ainda sem hora marcada.
O espanhol tem arrasado em Melbourne. Bateu o cazaque Alexander Shevchenko em três sets a abrir (6-1, 7-5 e 6-1) e, depois, arrasou o japonês Yoshihito Nishioka (6-0, 6-1 e 6-4).
Vencedor do US Open em 2022, de Wimbledon em 2023 e 2024 e de Roland-Garros em 2024, o murciano tenta, em Melbourne, atingir o chamado Grand Slam de carreira. Se o fizer, tornar-se-á no mais jovem de sempre a lograr tal feito. Se o fizer, será porque superou Nuno Borges.