O treinador português Paulo Fonseca, do Lyon, suspenso por nove meses em França por intimidar um árbitro de futebol, admitiu esta quinta-feira que este é "dos momentos mais difíceis" da carreira, mas diz que não vai desistir.

"Para mim, este é um dos momentos mais difíceis da minha vida como treinador. Ter tido este momento emotivo com os meus jogadores foi muito importante. Com os meus jogadores, equipa técnica e direção, não vou desistir", declarou, ao canal do clube, após a vitória em Bucareste ante o Steaua (3-1).

Sobre o triunfo na primeira mão dos 'oitavos' da Liga Europa, considerou-a "uma grande vitória com mérito dos jogadores", que alinharam em campo "com coração, que mostraram estar juntos", com boa gestão de jogo para "um resultado merecido".

Também o médio Corentin Tolisso assegurou que no Lyon todos estão prontos "para ir até ao fim juntos".

"Vamos lutar juntos pelo treinador. Foi importante vê-lo. Estamos todos no mesmo barco, todo o Lyon está com ele", afirmou.

Já antes do jogo, ao Canal +, Fonseca tinha dito sentir "uma grande injustiça em relação à decisão tomada", tendo esclarecido que nunca tocou no árbitro, após um comportamento, no domingo, pelo qual pediu desculpa.

Quase um ano fora dos relvados

Na quarta-feira, Paulo Fonseca foi suspenso por nove meses pelo Comité Disciplinar da Liga francesa (LPF), até 30 de novembro, após "se atirar ao árbitro" Benoit Millot, encostando-lhe a cabeça, no triunfo caseiro perante o Brest (2-1), para a 24.ª jornada do campeonato.

Além da suspensão dos bancos, o treinador não pode entrar no balneário do Lyon até 15 de setembro, antes, durante e depois dos jogos, competindo à Federação Francesa de Futebol (FFF) decidir sobre um eventual alargamento da punição às provas europeias.

No domingo, logo após a reviravolta sobre o Brest, que deixou o Lyon no sexto lugar da Liga francesa, com 39 pontos, a sete da zona de acesso direto à Liga dos Campeões da próxima época, Paulo Fonseca pediu desculpas pelo incidente e reconheceu ter errado.

O clube anunciou que iria sancionar internamente o técnico, sendo que, na quarta-feira, revelou estar a estudar "todas as vias de recurso possíveis" face à deliberação da LPF.

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Com LUSA