Esta quinta-feira, antes da segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, Paulo Fonseca concedeu uma entrevista ao L'Equipe, jornal francês, onde falou sobre a mudança para França, o castigo do qual foi alvo e o estado atual do balneário.

«Entre o Milan, onde fui demitido a meio da temporada pela primeira vez na minha carreira, e o Lyon, não tive descanso. Não imaginam a pressão que é treinar o Milan. Se calhar, devia ter feito uma pausa depois do Milan, mas não quero dar desculpas», começou por considerar.

«É muito difícil estar longe do relvado, longe dos jogadores, longe dos momentos importantes no balneário antes do jogo. Organizamos as coisas, mas é totalmente diferente viver esses momentos com os jogadores, poder motivá-los ao vivo e, sobretudo, poder atuar ao intervalo», referiu o treinador, relativamente ao castigo de qual foi alvo na Ligue 1 - leia aqui.

O treinador português recordou o momento em que foi expulso e lembrou que «não estava a gostar da forma como o árbitro dirigia a partida». Contudo, notou que a penalização fortaleceu o grupo: «Uniu o balneário. As pessoas do clube também estão mais unidas».

«Tenho de pagar, mas tenho de pagar pelo que fiz: gritar na cara do árbitro. Ninguém pode dizer que fiz mais que isso. Na minha opinião, paguei pelo contexto. Quiseram fazer de mim um exemplo em relação ao que o futebol francês estava a viver na altura em termos de arbitragem», salientou, por fim.

Em duelo de treinadores portugueses, o Lyon defronta o Manchester United, esta quinta-feira, após o empate a duas bolas na primeira mão.