Paralelamente à preparação dos seus plantéis, os clubes que compõem o futebol profissional em Portugal têm sido protagonistas de conversas, em seio de Liga de Clubes, relativamente ao seu posicionamento relativamente a uma eventual centralização dos direitos televisivos da Liga.

Enquanto tal não sucede, cada emblema tem negociado o seu contrato de forma individual, sabendo-se que o Moreirense já acertou um novo contrato com a operadora televisiva TVI, que lhe permitirá transmitir todos os jogos do emblema minhoto enquanto visitado, entre 2025 e 2028, e que o Casa Pia poderá seguir as suas pisadas. No fundo, dois clubes que decidiram alcançar os seus acordos de forma separadas dos restantes emblemas.

Conhecidas as posições de cónegos e gansos, o Estrela da Amadora mostra-se um aceso defensor da centralização – em conversa com A BOLA, o presidente dos tricolores avança que, em princípio, o Estrela manterá o seu atual contrato inalterado até que os clubes que ocupam o primeiro escalão e a Liga de Clubes cheguem a um consenso.

«Daqui a dois anos, a centralização será inevitável, foi assim que foi aprovada pelo Governo e não vai deixar de acontecer. Até lá, penso que o Estrela manterá o contrato que tem e com quem tem, porque respeitamos muito os nossos contratos, foi o que conseguimos negociar e a Sport TV tem respeitado e ajudado sempre o Estrela quando este precisa. Portanto, iremos respeitar sempre os contratos que temos com a Sport TV», deixou, em jeito de promessa para com um parceiro que sempre se mostrou fiável.

Paulo Lopo deixa, ainda assim, uma ressalva que considera determinante para o êxito – acima de tudo, financeiro - não só do Estrela, como de todos os emblemas que disputam a principal divisão profissional em Portugal. «Se conseguirmos fazer uma antecipação da centralização dos direitos, isso será fundamental», preconizou o responsável pela SAD estrelista.

O presidente do Estrela não considera que o passo dado por Moreirense e Casa Pia tenha sido o mais acertado e reconheceu que o Estrela se posicionaria de outra forma embora respeitando a posição dos seus concorrentes.

«O que aconteceu ao Moreirense e ao Casa Pia foi o mesmo que a 13 clubes da Liga - este ano não têm contrato televisivo e, portanto, permite-lhes decidir com quem vão fazer o contrato. Se eu estivesse no lugar deles, ter-me-ia juntado e negociado em conjunto, porque acho que teria tirado benefício disso. Então, essa é uma decisão muito individual e respeito a decisão de cada um», transmitiu ainda Lopo.