A Ergo Arena, na cidade polaca de Gdansk, esteve sempre em festa e com casa cheia entusiasmada com a exibição da equipa anfitriã, indiferentes ao fraco desempenho no Mundial 2025 (25.º lugar) e, na verdade, tiveram razões para acreditar até ao último minuto que conseguiriam derrotar Portugal. Mas a Seleção Nacional conseguiu empatar (36-36) a poucos segundos do fim, com uma equipa totalmente renovada, forçada pelas várias lesões. Paulo Pereira respirou de alívio, por certo, com o golo de António Areia mesmo ao cair do pano.

«Neste jogo, tivemos apenas dois defensores centrais de raiz [em virtude da onda de lesões] e, improvisámos com o Luís Frade e com o Gilberto Duarte, que fez um jogo extraordinário, juntamente com o João Gomes. Acabámos por deslocalizar alguns jogadores na defesa, tivemos algumas dificuldades, sobretudo na recuperação. Nós sabíamos tudo do que eram os duelos da Polónia, e acho que no próximo jogo podemos melhorar essa relação na defesa, até porque é mais um jogo e eu creio que, à medida que o tempo vai passando, podemos melhorar um pouco o rendimento defensivo», considerou o selecionador nacional.

«Acho que, de uma forma geral, o nosso ataque esteve espetacular, creio que até o 7×6 com, mais uma vez, jogadores deslocalizados das suas posições originais. E, mais uma vez, estou muito orgulhoso deste grupo de atletas que, quando é chamado a lutar, está sempre presente», elogiou o técnico.

Sobre a lotação esgotada em Odivelas, o treinador acredita que os adeptos portugueses podem fazer a diferença nas contas da qualificação: «Nós aqui [em Gdańsk] jogámos contra nove mil pessoas, portanto, as nossas duas mil têm que fazer muito mais pressão aos polacos do que os nove mil que estiveram aqui a torcer pela Polónia. Se assim for, é garantido que nós vamos qualificar-nos em Odivelas», rematou.