
Vangelis Pavlidis está no Mundial de Clubes, ao serviço do Benfica, e, em entrevista à DAZN fez um balanço na primeira temporada no clube da Luz. O jogador diz estar satisfeito com o rendimento que tem tido e não dá muita importância à possibilidade de bater o recorde de golos numa só época, mas admite que os primeiros tempos não foram tão fáceis.
"É agradável [trabalhar com Bruno Lage]. É algo diferente dos meus treinadores anteriores, porque todos eram holandeses ou alemães, como o míster Roger Schmidt. Mas agora é algo diferente. A forma como trabalha é diferente. Penso que tive um bom desempenho com ele. No primeiro mês foi um pouco difícil perceber o que ele queria de mim, mas agora está cada vez melhor. O mais importante é que os jogadores se esforcem sob o seu comando e foi o que fizemos", explicou, tendo ainda, feito uma auto-avaliação, quando lhe faltam quatro golos para chegar aos 33 que fez na época transata, no AZ Alkmaar: "Quatro golos neste torneio, não sei. Seria perfeito marcar 4 golos nos próximos jogos, mas estou sempre concentrado apenas no próximo jogo, quero sempre voltar a marcar e assistir no próximo jogo. Não sei se irei bater o meu recorde, mas estou satisfeito com o meu rendimento até agora".
O internacional grego também revela como tem sido trabalhar com Di María e, à semelhança de Otamendi, sublinha a humildade que sempre apresentou. "A primeira coisa importante é que quando entrei na equipa, não pensei que o Di María, assim como o Otamendi, fossem tão humildes e calmos connosco. A forma como ajudam o grupo é fantástica. É, em primeiro lugar, o caréter que faz a diferença. Tal como o Akturköglu, é importante para um avançado ter bons alas ao seu lado. Facilitam o meu trabalho, porque posso marcar golos mais facilmente", anotou.
Pavlidis já pensa, agora, no jogo com o Auckland e não tem dúvidas da importância de marcar muitos golos, diante do emblema neozelandês. "Vimos que o Auckland teve um jogo muito difícil contra o Bayern Munique, mas sabemos como o Bayern Munique é uma excelente equipa. Mas para nós é importante conquistar os 3 pontos, pois queremos continuar no torneio. Queremos estar sérios e concentrados, porque os rapazes do Auckland querem mostrar algo diferente do primeiro jogo. Para nós, o mais importante é ganhar o jogo e marcar muitos golos, porque os golos são todos muito importantes agora devido ao empate com o Boca Juniors. Queremos jogar futebol de ataque. Essa é a nossa mentalidade enquanto Benfica e queremos sempre marcar o máximo de golos que pudermos", apontou, mesmo que tenha considerado especial o encontro com os argentinos: "Não tens muitas oportunidades de fazer jogos oficiais contra eles na carreira. Foi uma experiência que nunca tive antes e talvez não volte a ter no futuro. Mas foi muito bom. O ambiente, o jogo. Foi um futebol muito diferente daquele a que estamos habituados na Europa. Foi uma coisa boa".
Sobre a agressividade do encontro de estreia do Mundial de Clubes, Pavlidis admitiu não estar preparados. "É completamente diferente [do futebol português e holandês]. O jogo foi assim muito stressante, com muitos momentos de agressividade e muitos cortes. Podes ver pelos cartões amarelos e vermelhos. Foi uma luta renhida pela vitória e isso torna o jogo especial. São duas grandes equipas, 22 bons jogadores a lutar pela vitória e isso é especial", destacou.
Pavlidis já fez 54 jogos desde que chegou ao Benfica no verão, mas diz que o clube tem todas as condições para os jogadores poderem apresentar-se ao máximo nível. "Sim, temos aqui tudo. Estão a preparar para a recuperação, é assim a época inteira. Mas, claro, 54 jogos, são muitos jogos. Mais a seleção. Mas se és um jogador profissional precisas de ter qualidade e capacidade para jogar essa quantidade de jogos", destacou o avançado que, com o Auckland, fruto do castigo de Belotti, é o único ponta-de-lança disponível para o encontro. Apesar disso, não se sente mais pressionado:
"São coisas que podem sempre acontecer no futebol. O Belotti teve um momento que pode acontecer a todos. Mas para mim, não há pressão. Se possível, quero jogar o máximo de jogos possível. Quero marcar e assistir em todos os jogos. Essa é a minha pressão e não recebo pressão se for o único 9. Mas temos outros jogadores que também podem jogar nessa posição, não é apenas o Belotti. Eu quero pressionar-me para jogar e não pensar se vou jogar ou não", destacou.