Tadej Pogacar venceu a Volta a Flandres e somou o segundo sucesso no monumento belga do piso empedrado, após a edição de 2023, culminando mais um ataque irresistível para os rivais em que se incluiam Mathieu van der Poel, Mads Pedersen e Wout van Aert, que tiveram de contentar-se com as posições seguintes.

Na frente da corrida, na sequência de 80 quilómetros fantásticos de ciclismo, em que todos os pretendentes ao ceptro da mais prestigiada clássica flamenga jogaram as cartadas, principalmente na tentativa de surpreender o principal oponente, Tadej Pogacar, este atacou na terceira e última passagem pela subida de Oude Kwaremont, a 18 quilómetros da meta.

O esloveno da equipa UAE Emirates, em que alinhou António Morgado, isolou-se rapidamente do grupo integrando aqueles rivais candidatos à vitória, e no alto abria uma vantagem de 14 segundos sobre um quarteto constituído por Van Aert (Visma Lease a Bike), Van der Poel (Alpecin-Deceuninck) e Mads Pedersen e Jasper Styuven (Lidl-Trek).

Em escassos três quilómetros a seguir ao Oude Kwaremont e o temível Paterber, a derradeira ascensão da corrida de 269 km, o campeão do mundo duplicou o avanço para cerca de 30 segundos sobre os perseguidores, que mantinha no cume.

A partir desse ponto até à meta (13 km) foi uma corrida de gato e de rato entre o irresistível furtivo Pogacar e os quatro ilustres caçadores, mas desde logo se percebeu quem era o corredor mais forte.

O vencedor de três Voltas a França não só defendeu a vantagem, como voltou a duplicá-la para um minuto, perante o quarteto, atrás, derrotado e limitando-se a lutar pelos restantes lugares do pódio, que foram ocupados por Pedersen e Van der Poel com

«Não sei. O objetivo era vencer. Não poderia estar mais orgulhoso pela equipa. Deram tudo. Estou tão feliz por ter vencido com esta camisola [de campeão do mundo]», começou por afirmar Tadej Pogacar.

«Correu tudo como previsto. O ataque em Oude Kwaremont. As pernas estiverem sempre boas. Quando ganhei vantagem continuei a dar tudo até ao fim. Estou muitíssimo feliz», acrescentou o vencedor de oito monumentos, que no próximo domingo tentará o nono, estreando-se no Paris-Roubaix.

«É uma corrida completamente diferente, mas aceitei o desafio. Este percurso assenta-me melhor, Roubaix também é uma corrida diferente, mas vou dar o meu melhor», disse Pogacar, sobre o Inferno do Norte.