As mascotes dos Jogos Olímpicos são, por norma, inspiradas em animais que representem o país-sede da competição. Não é o caso deste ano. Paris 2024 tem como símbolo um... barrete - mas não é um barrete qualquer. As Phryges quebram a tradição olímpica para "liderar uma revolução através do desporto".

Estes pequenos barretes, vermelhos, brancos e azuis (cores da bandeira francesa), com olhos expressivos e um nó de fitas (um ornamento típico do país anfitrião), representam um famoso símbolo desde finais do século 18.

Utilizados inicialmente pelos residentes da Frígia - antiga região da Ásia menor, onde é hoje a Turquia - foram adotados pelos republicanos franceses que lutaram pela tomada da Bastilha em 1789.

O presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Tony Estanguet, diz que as mascotes "encernam a liberdade francesa".

Phryges
Phryges DIMITAR DILKOFF

"Escolhemos o barrete frígio porque é um símbolo muito forte para a República Francesa. Para os franceses, é um objeto muito conhecido que é um símbolo de liberdade. O fato de o mascote das Paraolimpíadas ter uma deficiência visível também envia uma mensagem forte: promover a inclusão", afirmou Tony Estanguet.

Apesar das mascotes serem uma tradição desde os Jogos Olímpicos de inverno de 1968, este ano traz uma novidade: é a primeira vez que a mascote que representa os Paralímpicos apresenta uma deficiência visível. O "Phryges Paralímpica" tem uma perna biónica.

A “Phryges Olímpica” e a “Phryges Paralímpica” têm “uma missão importante” a desempenhar: “Mostrar ao mundo que o desporto pode mudar tudo e que merece ter um papel importante na sociedade”, pode ler-se na página oficial do COI.

Veja todas as mascotes dos Jogos Olímpicos

Desde o Waldi de Munique 1972, que representa um dachshund (o famoso cão-salsicha), até ao Phryges, o barrete de Paris 2024, existem 14 mascotes para cada uma das 14 edições de Jogos Olímpicos.