Paulo Pereira tinha avisado para as dificuldades que a Seleção Nacional poderia encontrar na deslocação à Polónia, mas seguramente não esperava tantas. Só nos últimos segundos, a equipa portuguesa conseguiu garantir um empate que esteve sempre muito mais longe do que perto.

Durante os primeiros 20 minutos, em Gdansk, Portugal e Polónia foram alternando o comando no marcador, sem que ninguém ganhasse vantagem, embora desde cedo se percebesse que a Seleção Nacional acusava as ausências de alguns titulares, enquanto os polacos, por seu lado, mostravam-se dispostos a discutir o jogo.

O marcador registou empates sucessivos até aos 20 minutos (9-9). Nos últimos 10 minutos, apesar da saudosa e bem vinda exibição de Gilberto Duarte, a Seleção andou sempre atrás do resultado, sobretudo, depois da entrada do central Jedraszczyk chegando a ficar a perder por 3 (10-13).

Nesta altura já Paulo Pereira tinha baralhado e voltado a dar os guarda-redes portugueses, com Capdeville e Diogo Valério a tentarem o melhor, sem grande sucesso.

Antes do intervalo, Gilberto Duarte a mostrar que quem sabe nunca esquece reduziu para 16-14.

No início da segunda parte, Luís Frade entrou a marcar e a excluir um rival, oferecendo a Pedro Portela a hipótese de empatar e o ponta do Sporting nem pestanejou, repondo o equilíbrio no marcador, passados dois minutos.

Porém, esta igualdade não passou de uma miragem. E de pouca duração. Duas falhas técnicas portuguesas permitiram aos polacos descolarem novamente e, aos 8 minutos, já venciam por 23-20. O selecionador português continuava a baralhar e voltar a dar na baliza, mas nada mudava e Paulo Pereira parou de imediato o jogo.

A Seleção ainda ameaçou, a espaços, regressar a jogo, mas não estava fácil essa missão. João Gomes e Gabriel Cavalcanti assumem as despesas do ataque, mas Portugal não consegue recuperar a diferença, apenas evitar que o fosso aumente. A cinco minutos do final, Portugal continuava na mesma luta, desperdiçando as poucas oportunidades de ficar a um, até que Gilberto Duarte consegue finalmente reduzir para 34-33.

Com dois minutos para jogar, Capedeville defende um remate polaco, naquela que foi apenas a quarta defesa, mas a mais importante e decisiva do jogo. Daymaro Salina consegue empatar (35-35) já no último minuto, para desespero dos polacos que estiveram em festa todo o jogo, com música e cheerleaders permanentemente em ação.

O pivot acaba excluído logo no ataque seguinte e a Polónia coloca-se na frente não falhando o livre de sete metros (36-35).

Mas faltavam ainda 35 segundos para o final. Paulo Pereira pediu um time out e organizou o último ataque que coloca a bola nas mãos de António Areia que não falha a oportunidade arrancando a ferros o empate a 36-36 que mantém Portugal na liderança do grupo. Com um segundo para jogar, depois corrigido para três pela mesa, a Polónia ainda pediu time-out, mas o resultado estava decidido.

Domingo, a partir das 17h30, as duas equipas voltam a encontrar-se e pode definir-se já o caminho para o Europeu2026.