Face às eliminações de Marcos Freitas, na 3.ª ronda de singulares masculinos, e Jieni Shao, na 2.ª de femininos, Portugal deixou de ter mesatenistas ao quarto dia do Mundial de Doha 2025.

Após, na véspera, ter passado aos 16 avos de final ultrapassando sensacionalmente o egípcio Omar Assar (27.º do ranking) por 4-3, Freitas (97.º) teve agora pela frente o chinês Liang Jingkun (5.º), ante o qual perdeu por 4-0, com os parciais de 11-8, 11-2, 11-5 e 16-14.

Recorde-se que, na ronda anterior, Jingkun havia eliminado João Geraldo (125.º) por 4-1, impedido de houvesse um duelo entre portugueses nos 16 avos e que um deles ainda chegasse aos oitavos de final.

Quanto ao setor feminino, também Jieni Shao (59.ª) disse adeus ao Qatar ao perder face à japonesa Satsuki Odo (8.ª) por 4-1, com parciais de 11-6, 11-7, 11-7, 9-11 e 11-5.

No domingo, Fu Yu (74.ª) já havia ficado fora de competição ao ser batida pela alemã Yuan Wan (62.ª) por 4-1.

O selecionador nacional masculino, Pedro Rufino, fez um balanço da participação no Mundial de Doha para a comunicação da federação, considerando que «globalmente os resultados foram positivos para Portugal. Agora é importante recuperar bem e preparar as próximas provas».

A nível individual, especificou o caso de Tiago Apolónia: «Tínhamos boas expectativas relativamente ao jogo com o indiano Manush Shah. Embora tivesse vencido o Tiago no Smash de Singapura, o Tiago tinha boas condições de impor o seu jogo e vencer este adversário. Infelizmente, o adversário esteve muito bem e o Tiago não conseguiu contrariar o jogo dele».

Quanto a João Monteiro, «teve o sorteio mais complicado, por motivo de pior ranking mundial. Ficou muito perto de vencer o número 17 do mundo e fez um jogo fantástico. Mostrou um excelente nível do primeiro ao último ponto».

No que se refere a João Geraldo, foi «muito forte no primeiro jogo», contra o esloveno Deni Kozul. «Sempre seguro nos momentos mais importantes. Os 4-0 não deixam dúvidas quanto ao desempenho fantástico que teve. No segundo jogo, contra o atleta chinês Liang Jingkun, n.º 5 do mundo, entrou muito bem e venceu o primeiro set. Depois o adversário melhorou bastante e condicionou muito os pontos mais fortes do Geraldo».

Por fim, o selecionador lembrou que Marcos Freitas ficou entre os 32 melhores do mundo. «Temos que considerar um bom Mundial para o Marcos, que perdeu também com o n.º 5 do mundo, o mesmo que eliminou o Geraldo. Para atingir este resultado teve que eliminar um jogador de Singapura de muita qualidade e em franca evolução. No segundo jogo venceu Omar Assar, do Egito, que deu muito trabalho. Foi um jogo fantástico que sorriu ao Marcos».

Na análise ao desempenho da Seleção feminina, o selecionador nacional Pedro Couto realçou que «o balanço da prestação é claramente positivo. Os resultados desportivos estiveram dentro dos patamares esperados».

A nível individual, «a Jieni venceu a jogadora defesa da Malásia, Chang Li Sian, uma atleta com um nível muitíssimo superior ao que o seu ranking indica, tendo sido posteriormente derrotada pela japonesa Satsuki Odo, atual número 8 do mundo, por 4-1. Foram duas excelentes prestações da Jieni».

Couto salientou, relativamente a Fu Yu, que «foi derrotada por 4-1 pela alemã Yuan Wan, 62.ª do ranking mundial, num encontro muito equilibrado, marcado pelas vitórias da alemã no terceiro e quarto sets pela diferença mínima».