Antevisão da jornada
“Continuar com o trabalho que já começámos, ter um grupo maior, esse foi o objetivo, e ter 26 jogadores ajuda agora. O período de novembro é sempre difícil para os jogadores e vai ajudar a gerir sobrecargas nos jogadores. É importante continuar em forma. Preparamos os jogos para ganhar, não para o empate e apurar. A ideia é ganhar, conquistar os 6 pontos, mas crescer. No estágio anterior, contra a Polónia, fizemos um desempenho com muita maturidade e queremos continuar assim. Queremos ganhar, mas como ganhar é mais importante”
Novidades
“O importante é que agora temos três regressos. O grupo é maior, temos jogadores importantes e com valências diferentes. O Tiago Djaló é um central muito interessante, acompanhámos o Tiago no período com o Lille, antes da lesão. É um jogador com uma fisicalidade e que pode ser muito importante. Agora abre-se a oportunidade com as lesões do Inácio e o Rúben Dias. É um desafio para nós, na linha defensiva. Perdemos 200 internacionalizações nos últimos três meses, com a saída do Pepe e a lesão do Rúben Dias. É interessante para os nossos jogadores mais jovens, o Renato Veiga que já esteve connosco, o Tomás Araújo, agora uma boa oportunidade para ter jogadores novos. É fácil compreender o Nuno Tavares, um jogador com condições especiais, teve um início de época com a sua equipa que foi espectacular e é um jogador interessante para a seleção”
António Silva e João Félix
“Os jogadores têm momentos bons, momentos mais difíceis e o importante é o compromisso e a atitude e o que podem fazer na seleção. Acho que o António Silva em todos os jogos na seleção teve desempenhos de alto nível. Faz parte do crescimento. O João Félix é um jogador de uma qualidade incrível, temos muitos jogadores nessas posições mas eu gosto da sua qualidade entrelinhas e nos espaços reduzidos. É um jogador diferente e importante, que necessitamos”
Quatro centrais e cinco laterais
“Estamos a falar de jogadores polivalentes, o Renato Veiga pode jogar a central, mas também a trinco. Temos as posições do Dalot e Nuno Mendes, que podem jogar a central, já o fizeram. A Croácia e a Polónia jogam com linhas de cinco, com alas e precisamos de jogadores a jogar por fora, equilíbrio. É uma escolha com continuidade e valências diferentes. Gostei muito do Dalot contra a Polónia, o Nuno Mendes também pode jogar ali. Jogadores como Tiago Djaló podem ser importantes para o futuro. Precisamos começar agora a substituir aquilo que o Rúben Dias está a fazer”
Ataque
“Temos muita qualidade, muitos jogadores virtuosos, mas precisamos de olhar para jogadores que podem chegar à área. Neste estágio, o Cristiano Ronaldo é um ponta de lança claro, mas também queremos utilizar o Pedro Neto e o João Félix nessas posições, já o fizeram. Mas o foco era continuar com jogadores que já estiveram aqui, porque há muita competitividade no ataque”
Amorim no United
“Tenho de lhe desejar os melhores sucessos a nível pessoal e profissional, é um patamar diferente. Conheço a liga muito bem e o sucesso dele é o sucesso do futebol português na Premier League. O Bruno Fernandes é um jogador experiente, com muita responsabilidade. Às vezes acontece os desempenhos serem melhores ou piores, mas faz parte”
Médio de pé esquerdo em falta
“Já falei com o Samu, gostei muito do perfil dele. É um jogador de futuro e de presente. Está fora, porque agora a aposta é nos jogadores de ataque, ter competitividade no ataque, na segunda linha do ataque, jogadores como Pedro Gonçalves, Otávio, Matheus Nunes, que podem chegar ao último terço. É o estágio para eles, para mostrarem o seu momento de forma. Com o momento de forma do Palhinha e a polivalência do Renato Veiga, não precisamos neste estágio de um jogador defensivo como o Samu, mas preciso dizer publicamente que gostei muito dele e é um jogador para o futuro da seleção”
Satisfeito com qualidade da oposição na Liga das Nações
“Não há sorteios simpáticos, há desempenhos profissionais e jogos bem preparados. O que fizemos foi isso. Fomos muito objetivos, marcámos logo um golo e tivemos muita qualidade. Queremos ganhar, apurar-nos, mas o foco é crescer. Queremos abrir a competitividade nas posições, acho que conseguimos isso. Acho que somos uma equipa que está a jogar muito bem entre as áreas e agora o importante é o último terço, em frente à baliza”
Lesão de Rúben Dias
“Uma seleção precisa estar preparada para os adversários e para as lesões. O Rúben é muito importante porque é a liderança, a comunicação, é um treinador no relvado, um jogador-chave para nós. Comunica muito bem, controla a linha defensiva. Mas agora é um desafio, com jogadores novos, mas também um desafio para todos, temos de ganhar jogos sem o Rúben Dias”
Toti Gomes
“É um jogador que acompanhamos, gostamos muito dele, mas abrimos a competitividade. O início de época do Renato Veiga ficou à frente do Toti Gomes. Gosto de ter honestidade, fazemos um trabalho profissional, com informação e depois é o futebol que dá oportunidades aos jogadores. O Renato Veiga teve a sua oportunidade e aproveitou bem. Esperamos que o Toti continue a bater à porta”
Dificuldades contra blocos baixos
“O bloco baixo não é um problema para Portugal, é um problema do futebol. É mais fácil proteger a baliza com 11 jogadores do que marcar um golo. Há muitos exemplos. Mas nós gostamos de jogar contra blocos baixos porque temos a bola. Somos uma equipa que precisa da bola. No futebol de seleções precisas da ligação, o tempo de jogar juntos para ter uma boa relação com o tempo e o espaço. Mas é importante controlar o jogo. O problema é jogar contra blocos baixos e sofrer golos, não controlar as transições. Até agora não tivemos esse problema”
Golos sofridos
“Procuramos sempre o jogo perfeito, que é marcar seis golos e não sofrer. O importante é ganhar e mostrar uma ideia de jogo. Durante 70 minutos no jogo contra a Polónia estivemos num alto, alto nível. A reação ao golo foi incrível e eu gosto mais disso do que de manter a baliza a sério. A personalidade de uma equipa é quando mostra como pode reagir quando o jogo está difícil. Gostei muito disso”
Ponta de lança fixos
“É um desafio da formação do futebol português é o ponta de lança, que não é um perfil fácil de encontrar. Há jogadores como o Fábio Silva, que estou a gostar muito, o Tiago Tomás, que é um atacante diferente, mas que também está a crescer”