Semana difícil com lesões

“Não diria difícil, foi uma semana com boa disposição, gostei da integração dos novos jogadores. Os jogadores experientes da seleção ajudam muito os novos. Gostei da energia. É um desafio para todos nós. Perdemos o Pepe, agora perdemos o Rúben Dias. Mas começámos um processo para usar jogadores jovens, já vimos o Renato Veiga contra a Polónia, está preparado. Queremos ganhar, queremos apurar-nos, mas em 18 meses temos a fase final de um Mundial e queremos acrescentar jogadores ao grupo. É um bom desafio mostrar que a seleção tem jogadores preparados”

Novas experiências?

“Não gosto da palavra experimentar, mas sim dar oportunidades. O estágio de novembro, na minha experiência, é isso: há muitos jogadores com lesões, não sei porquê, mas acontece. Mas é importante para dar oportunidades a jogadores com diferentes valências, mas a estrutura não muda, queremos ter o controlo do jogo, queremos marcar golos, chegar à baliza. Com a Croácia é diferente, jogo fora de casa, queremos os 6 pontos para apurar, e queremos estar nos quartos de final, mas o objetivo é também preparar o grupo para o objetivo daqui a 18 meses”

Polónia

“A Polónia é uma equipa que arrisca, gosta de jogar ao ataque. Gosta de jogar com três centrais, uma linha de cinco, flexível no ataque, uma equipa que coloca rapidamente jogadores no ataque”

Carga de jogos

“Já falei disso e dei a minha opinião: eu acho que os jogadores gostam de jogos, o que é importante é o descanso entre épocas. O número de jogos é saudável, é bom. Se uma equipa faz 80 jogos é porque está a lutar para ganhar todos os títulos. Todos precisamos de mostrar responsabilidade, entre todas as instituições. Precisamos que haja bom descanso entre épocas. Neste momento acho que há muitas decisões que não são conjuntas, sentar numa mesa e falarem os jogadores, os treinadores, a FIFA, a UEFA, todos. Mas não é um problema que não tenha solução”

Ausência de Inácio

“É um jovem, com muita qualidade, mas é uma decisão médica, totalmente. Ele não está a 100%, não está apto para ajudar a seleção. Está a treinar-se com o seu clube, para ficar a 100%. O Gonçalo é futuro e presente da seleção”

Objetivos

“Para já pensar nos quartos de final. É uma competição da qual gosto muito, uma competição nova, mas acho que é muito importante para as seleções poderem jogar numa competição de liga. Não acho que haja favoritos até à final four. Agora é tentar crescer. É uma competição que ajuda muito os selecionadores a criar competitividade no grupo, em cada posição”

Falta de atacantes e Samu

“A ideia foi chamar todos os jogadores de ataque, na linha média. O Pote e o Matheus Nunes ficam de fora e o Samu é um jogador que fez muito bom estágio. Indiquei que é um jogador para o futuro e gosto do equilíbrio que dá no meio-campo”

Meio-campo mais atacante é opção?

“Sim, é uma hipótese. Com uma equipa que joga com tanta largura, como é a Polónia, precisamos de jogar bem por fora. Têm muito bons jogadores na transição e temos de ter boa ligação. Amanhã temos jogadores como o Samu, o Vitinha ou o João Neves que podem fazer esse papel”

Lesões levaram à mudança de estratégia?

“Temos jogadores polivalentes e podemos ajustar. Não é mudar totalmente a estratégia, mas ajustar as valências dos jogadores. Nos jogos da seleção temos de mostrar isso, que somos flexíveis taticamente, que os jogadores têm personalidade para poderem olhar para a frente para o desafio que têm pela frente”