O Milan sofreu este domingo a terceira derrota consecutiva na Serie A - ao perder com a Lazio nos descontos (1-2) -, e os adeptos não esconderam o descontentamento em San Siro, assobiando a equipa durante o encontro já depois de os ultras terem entrado apenas aos 15 minutos por protesto. Após o final do encontro, Sérgio Conceição foi questionado sobre o assunto.
"Sabemos que não é um momento fácil. Os jogadores sentem o que se passa à volta do clube. Só há um caminho a seguir: trabalhar, ter orgulho nas cores que defendemos e dar o máximo todos os dias para mudar esta situação", começou por referir, acrescentando: "Falámos do ambiente. Foi estranho. É a primeira vez que me acontece algo deste género na minha carreira. Obviamente, os jogadores sentem-no. Sabemos que, quando é assim, as chuteiras estão quentes, um drible ou um passe não saem. Vamos abaixo. Mas a equipa demonstrou um grande carácter. Chegámos ao empate a jogar com 10 e podíamos ter ganhado. Depois acontece aquele penálti... Também houve episódios. Não gosto de falar de azar, mas eles acontecem e são decisivos para nós. Os jogadores dão-me respostas positivas e acreditam, mas outra coisa é entrar em campo numa situação tão difícil, que dura desde o início da temporada. Não é fácil".
Sérgio Conceição garantiu ainda que os jogadores continuam do seu lado, mas, quando questionado sobre se pensa em continuar no comando técnico dos rossoneri na próxima temporada, não deu certezas: "Tenho demasiadas coisas na cabeça, penso no Lecce. O mais importante é o Milan, não eu. Tenho pena dos adeptos porque estou habituado a ganhar e isso magoa-me. Tal como os adeptos, estou magoado. Estou habituado a querer ganhar desde muito novo. Neste momento, não me sinto bem e o que faço nestes momentos difíceis é trabalhar ainda mais".