No Ac. Viseu desde janeiro, Sérgio Vieira está a ter a primeira oportunidade de construir uma temporada do zero para os beirões, orientando a pré-época conforme as necessidades e dando o cunho pessoal ao grupo que irá disputar a 2ª Liga na temporada que se avizinha. 

Em declarações aos meios sociais dos viriatos, o técnico, de 42 anos, explicou o que o levou a optar pelos viseenses como o novo projeto. "O que me cativou foi a possibilidade de fazermos história, de construirmos algo diferente do habitual. O Académico está há muitos anos afastado do patamar onde os seus adeptos o desejam ver e isso é o que mais me motiva", afirmou, realçando o "peso enorme" que o Ac. Viseu tem "no futebol português": "Este não é apenas mais um projeto. A SAD tem demonstrado grande sustentabilidade e vontade de crescer de forma contínua. Todos , direção, equipa técnica, jogadores e adeptos , queremos reerguer-nos, mais fortes e mais determinados."

Este não é apenas mais um projeto. A SAD tem demonstrado grande sustentabilidade e vontade de crescer de forma contínua
Sérgio Vieira

Treinador do Ac. Viseu

Com 18 jogos a orientar os viriatos na última época, após um curto espaço de tempo no Portimonense, Sérgio Vieira procurou detalhar a sua escolha em termos de trabalho. "Senti que aqui poderia voltar a ser feliz profissionalmente. Mas isso só seria possível se encontrasse pessoas alinhadas com um projeto sério e ambicioso", disse, realçando que "felizmente" foi o que encontrou nos beirões. 

E prosseguiu com as ideias, puxando dos galões para reunir as tropas rumo a um objetivo em comum. "Temos de priorizar a parte humana. Podemos ter os melhores jogadores, o melhor staff, os melhores adeptos... mas nada disso resulta se não caminharmos verdadeiramente juntos. Temos de viver treino a treino, jogo a jogo, com total entrega e compromisso. O importante é criar uma base sólida, um espírito de família que ultrapasse vitórias e derrotas", salientou, apontando já à subida de escalão:  "Estes trinta e tal anos fora da elite do futebol português têm de acabar em algum momento. Espero e vamos estar determinados para que isso aconteça já nesta próxima temporada. Mas sempre com os pés assentes no chão e com uma visão de estabilidade e crescimento sustentado."