Fernando Peyroteo é um nome incontornável da história do Sporting. Faz, esta quinta-feira, 46 anos que o avançado morreu, depois de ter deixado marca profunda no futebol nacional, que ainda perdura.
O goleador-mor dos Cinco Violinos que brilharam no ataque leonino no final da década de 1940 é, ainda hoje, o melhor marcador de sempre do principal escalão do futebol nacional, com 331 golos, mais 14 do que Eusébio e Fernando Gomes, marcados em 197 jogos, e, destaque-se, nenhum foi de penálti.
Nascido em Humpata, Angola, a 10 de março de 1918, Peyroteo, com costela castelhanas do lado de um avô, começou a jogar futebol no Atlético Clube de Moçâmedes. Chegou a Portugal a 26 de junho de 1937, com 19 anos, acompanhado pela , que regressava a Portugal para tratar de um problema de saúde, e foi encaminhado por Aníbal Paciência, um amigo angolano que jogava no Sporting, para o emblema de Alvalade.
Começou a trabalhar sob as ordens do treinador Joseph Szabo e o resto é uma página escrita a letras de ouro na história do Sporting, com o Stradivarius (como era conhecido) a integrar a linha ofensiva que ficou conhecida como os Cinco Violinos, ao lado de Vasques, Travassos, Jesus Correia e Albano.
Peyroteo foi ainda o primeiro jogador a marcar no Estádio Nacional, num dérbi em que o Sporting cenceu o Benfica (3-2) e conquistou a Taça Império.
Surpreendentemente, Peyroteo decidiu retirar-se em 1949, com 31 anos, para se dedicar em exclusivo a uma loja de artigos desportivos, que abrira em Lisboa, sendo que o seu jogo de despedida foi a 25 de setembro desse ano, frente ao Atlético (2-1).
Morreu a 28 de novembro de 1978, com 60 anos, vítima de ataque cardíaco, mas será para sempre um dos heróis imortais do Sporting.