Em semana de dérbi, Tomás Araújo e Eduardo Quaresma proporcionaram momentos inesquecíveis às crianças no serviço de Pediatria do IPO – Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil, em Lisboa. Os defesas do Benfica e do Sporting, ambos de 22 anos, distribuiram simpatia e batas hospitalares feitas a partir de camisolas oficiais dos clubes das competições profissionais do futebol português, uma iniciativa realizada no âmbito do projeto "Esta Bata Tem Poderes" da Fundação do Futebol - Liga Portugal.

Os dois jogadores surpreenderam as crianças com uma visita que levou a alegria do futebol àquela unidade hospitalar. Os jovens que serão adversários neste domingo, em Alvalade, animaram a tarde dos mais novos com boa disposição, palavras de incentivo e recordações que dão um novo colorido às enfermarias, lembrando que a rivalidade só existe mesmo dentro das quatro linhas. No IPO de Lisboa,Tomás Araújo e Eduardo Quaresma receberam inspiração destes pequenos heróis confrontados com grandes desafios.

"É muito especial estar aqui, estou muito feliz. As crianças que aqui estão atravessam um momento difícil, mas quando nos veem ficam logo com um sorriso enorme na cara e é muito bom e muito especial poder proporcionar esses momentos na vida deles", destacou Tomás Araújo, que realçou ainda o espírito de fair play alusivo a esta iniciativa. "Conheço o Eduardo Quaresma desde os 14 anos e também já passei muita coisa com ele, pelo que poder experienciar este momento, ainda para mais antes de um dérbi, é incrível e foi um dia espetacular", afirmou o central dos encarnados.

Também Eduardo Quaresma mostrou-se agredecido pela experiência e destacou a mensagem solidária transmitida antes de um dérbi. "Foi muito importante esta experiência, também para percebermos que o futebol não é a coisa mais importante que existe. Há muitas pessoas que atravessam outro tipo de dificuldades, e foi excelente o Sporting e o Benfica associarem-se a esta ação em que o mais importante foi poder ver meninos a sorrir por verem jogadores dos seus clubes favoritos", referiu, acrescentando: "Este tipo de experiências faz-nos ver que as rivalidades só existem mesmo dentro das quatro linhas. Conheço o Tomás há muito tempo e somos rivais quando jogamos um contra o outro, mas, fora de campo, somos amigos e falamos. Por isso, acho que é muito importante a Liga e a Fundação terem esta iniciativa de juntar clubes rivais, para que as pessoas possam ver outra perspetiva."