Paulo Saragoça da Matta era um dos três nomes fortes que a direção do Benfica, ainda sob o leme de Luís Filipe Vieira, contratou em 2018, numa altura em que os encarnados estavam envolvidos em vários processos judiciais, nomeadamente o Caso dos Emails. Juntamente com Rui Patrício e João Medeiros, outros nomes conceituados do panorama jurídico português, deu a cara pelo pela defesa do Benfica e esteve presente em vários julgamentos nos últimos anos, mas Record sabe que o causídico cessou funções ao serviço dos encarnados.

Na base desta decisão não está qualquer divergência na estratégia de defesa dos encarnados nos processos em curso. "Os processos em curso têm sido e continuam a ser conduzidos de acordo com as peças fundamentais da defesa subscritas pelos três advogados, por exemplo a contestação no processo conhecido como 'Saco Azul'", garantem, numa nota enviada ao nosso jornal, João Medeiros e Rui Patrício. Ambos confirmam que Paulo Saragoça da Matta deixou de patrocinar o Benfica, em conjunto, em abril.

Efetivamente, Saragoça da Matta ainda esteve na fase inicial do referido processo, mas no julgamento, que arrancou em abril, só marcou presença na primeira sessão, aquela em que Rui Costa foi ouvido pelo coletivo. Desde então, a SAD benfiquista contou apenas com os advogados Rui Patrício e João Medeiros. São estes que têm marcado presença nas várias sessões que já se realizaram e tal deve-se ao facto de Saragoça da Matta ter decidido afastar-se.

O trio de advogados que nos últimos anos liderou a defesa benfiquista ficou reduzido. De referir que, com o trio de advogados, o Benfica já evitou ir a julgamento no processo E-Toupeira. E agora, além do Processo Saco Azul, em que a SAD procura a absolvição, está também em curso o julgamento de Rui Pinto, o hacker acusado de roubar emails do Benfica, num processo em que a defesa das águias já pediu uma condenação superior a cinco anos. No caso dos emails, conseguiu a condenação do FC Porto.