
A campanha eleitoral na Académica ficou esta sexta-feira marcada pelo facto da lista B, liderada por Rui Sá Frias, ter enviado uma carta aos sócios do clube, o que motivou um 'juízo de censura' por parte da comissão eleitoral.
Segundo a comissão eleitoral, "foi desrespeitado o princípio da igualdade, tendo uma das Listas concorrentes, a Lista B, acedido indevidamente às moradas dos sócios, que foram apostas no papel timbrado da Lista e não meramente no envelope". Ora, a mesma nota explica que os candidatos podiam enviar propaganda eleitoral, mas deviam fazê-lo respeitando uma regra: as listas candidatas deveriam "entregar nos Serviços da Académica os envelopes a enviar, com a devida propaganda eleitoral no interior, e os serviços procedem ao envio dos mesmos. Neste cenário as listas deverão depositar na conta da Académica o valor expectável para cobrir os custos com o envio da correspondência incluindo as horas de trabalho dos serviços para garantir o envio de 2200 cartas". Segundo a comissão eleitoral, esta regra foi quebrada, uma vez que a Lista B acedeu "indevidamente às moradas dos sócios, que foram apostas no papel timbrado da Lista e não meramente no envelope".
Rui Sá Frias: "polémicas infundadas"
Em comunicado, Rui Sá Frias, candidato pela lista B, nega que tenha quebrado qualquer regra. Numa nota com 4 pontos, o candidato diz que "não teve acesso às moradas dos sócios. Todo o processo de impressão e colocação das moradas foi realizado pelos Serviços Administrativos da AAC/OAF, seguindo o modelo estabelecido e aprovado", tendo a sua candidatura pago 860 euros, relativos "às horas de trabalho dos serviços da AAC/OAF", para além do "custo de impressão e envio". Para além disso, diz Rui Sá Frias, "não houve qualquer violação de dados pessoais. Nenhum dado sensível foi partilhado ou tratado diretamente pela Lista B, garantindo-se assim a proteção da privacidade dos sócios". O candidato diz reafirma "o seu compromisso com um processo eleitoral transparente e ético", mostrando-se disponível "para qualquer esclarecimento adicional junto da Comissão Eleitoral, das outras listas concorrentes e da comunicação social. Acreditamos que os sócios da Académica merecem uma campanha eleitoral digna, justa e respeitosa, centrada nas ideias, nos projetos e no futuro do clube - e não em polémicas infundadas", sublinhou.
Quem também reagiu, igualmente em comunicado, foi Joaquim Reis, líder da lista A, afirmando que "usou diretamente as moradas dos sócios, imprimiu-as em papel timbrado da sua candidatura e enviou cartas em nome próprio - violando as regras definidas e aceites por todos".
Recorde-se que o ato eleitoral na Académica decorre no próximo domingo, dia 1 de junho, com três candidatos: Joaquim Reis (Lista A), Rui Sá Frias (Lista B) e Fernando Lopes (Lista C).