
O Estádio do Mar recebeu, na noite desta quarta-feira, um clássico jogo de final de temporada. Leixões e Feirense entraram nesta partida com o conforto e a resignação de quem já nada tinha pelo que lutar. Apesar de tudo, a turma de Matosinhos acabou por levar a melhor e venceu por 2-0.
A formação da casa sabia que fosse qual fosse o resultado, terminaria a Liga Portugal 2 Meu Super no 13.º lugar. Já os fogaceiros, podiam alcançar um «espetacular» salto do oitavo para o... sétimo lugar. Isto em caso de vitória, claro.
Os dois treinadores decidiram rodar bastante as equipas - de forma natural - e isso influenciou bastante a qualidade da partida. O Feirense, por exemplo, fez seis alterações face à vitória frente ao Mafra na jornada anterior.
O Leixões entrou melhor em campo e foi quase sempre a equipa mais perigosa. O Feirense foi aparecendo a espaços e na maioria das vezes através de contra-ataques. Werton chega ao golo inaugural de forma atípica. Tassano deixou o esférico em Rúben Alves e o criativo atrapalhou-se com o mesmo e permitiu que o extremo brasileiro roubasse a bola e cavalgasse até à sua baliza. No frente a frente com Pedro Mateus, não tremeu.
Apesar do golo sofrido cedo, o guardião fogaceiro fez uma bela exibição ao longo dos 90 minutos e foi um dos responsáveis por manter o Feirense dentro do jogo. Aos 15' evitou o golo de Paulité, aos 25' fechou a porta a Ricardo valente e aos 27' mostrou enormes reflexos depois de um livre de Simãozinho.

Pese embora existissem algumas oportunidades de golo, a verdade é que o ritmo da partida era... lentinho. Duelos mais suaves, menos intensidade, menos nervo, mais passividade e algum relaxamento em certo momentos.
O regresso dos balneários fazia antever uma entrada forte do Feirense. Não se realizou. Pelo contrário: o Leixões dilatou a vantagem. Esférico cruzado do lado direito para a grande área fogaceira, alguma confusão na forma como os defesas abordaram o lance, a bola sobrou para Rúben Alves - voltou a ser passivo na forma como se protegeu - e permitiu o remate cruzado de Simãozinho. 2-0 para o Leixões.
A verdadeira reação do Feirense veio aos 54 minutos, aquando da entrada de Petkov, Zé Ricardo e Jorge Pereira. A turma de Vítor Martins conseguiu chegar-se à frente e remeter, muitas vezes, o Leixões ao seu último terço. Essa chegada à frente culminou num golo invalidade a Leandro (56') e na expulsão de Thiago Balieiro (78'). Lances de golo? Nem vê-los.
Até ao final do encontro, e mesmo a jogar com dez, O Leixões ainda conseguiu dar minutos a muita juventude e, inclusive, trocar de guarda-redes - João Cardoso entrou para o lugar de Dani Figueira.
Termina assim a temporada dos dois clubes que em 2025/26 estarão a disputar, novamente, a II Liga portuguesa.