
Um autêntico balde de água gelada em Vizela. O FC Vizela empatou com o Académico de Viseu, que marcou em cima do minuto 90´ e desce assim ao terceiro lugar da Segunda Liga, com a vitória do Alverca em Tondela.
Morschel, em cima do intervalo, apontou o golo vizelense mas, ao cair do pano, um autogolo de João Reis nivelou as contas e tramou a luta pela subida dos vizelenses, que estão invictos há 19 partidas.
Um silêncio ensurdecedor na cidade minhota.
Fechar com estilo
No dia de todas as decisões na Segunda Liga, Fábio Pereira alterou duas peças em relação à vitória no Olival: Yannick Semedo regressou ao onze após lesão, relegando Schutte para o banco de suplentes e João Reis rendeu o lesionado Lebedenko. Do lado dos viriatos, cinco alterações de Sérgio Vieira.

A subida vizelense poderia ficar consumada já esta tarde de sábado. Para isso, o líder Tondela precisaria de vencer o Alverca, terceiro classificado e ainda na perseguição pela subida direta ao primeiro escalão, jogo ao qual seria difícil atribuir favoritismos pela boa forma de ambas as equipas.
Apesar de serem os casa quem tinha a necessidade de procurar a vitória foram os viriatos quem criaram a primeira chance real de golo. Messeguem apareceu solto pela esquerda e atirou ao poste, logo nos primeiros minutos de jogo.
Depois disso, uma avalanche ofensiva vizelense. A turma de rainha ao peito apoderou-se da bola e começou a chegar mais perto da baliza contrária. Mesmo com esse controlo territorial, algumas falhas na decisão foram impedindo o FC Vizela de chegar ao golo.
Perto do final da primeira metade, o Académico quebrou fisicamente e a equipa de Fábio Pereira aproveitou. Primeiro, uma jogada com quatro tentativas de finalização esbarrou na muralha de Viseu.
Mas em cima do final do primeiro tempo, eis o tão ambicionado golo. Transição rápida de Loppy, que serviu Morschel e este rodou sobre si mesmo - a la Zidane - e fez tremer Vizela! A subida não estava à espreita - Alverca vencia em Tondela -, mas o Vizela era primeiro classificado ao intervalo.

Um balde de água fria
O segundo tempo começou intenso, com o Vizela com toda a força para ampliar a vantagem e segurar o jogo. João Reis, por duas vezes, atirou remates fortes de fora da área, mas Matheus Sampaio mostrou-se atento. Vivaldo fez o mesmo e o final foi, também ele, o mesmo. Boa exibição do jovem guardião brasileiro.
A ambição vizelense, quase que desmedida, fez com que o Académico vivesse quase sempre encostado às cordas. Porém, mediante os riscos corridos pela equipa de Fábio Pereira, os viseenses foram apostando em contra ataques e ainda causaram alguns calafrios aos quase quatro mil adeptos presentes no Estádio do FC Vizela.
Festejou-se golo tondelense por duas ocasiões em Vizela, mas o VAR fez o desgosto dos adeptos do clube da cidade termal, que esperavam festejar a subida em casa já esta semana.
Já em cima do minuto 90´, Milovanovic teve tudo para fazer o golo, mas desperdiçou por duas ocasiões. E a velha máxima do futebol aplicou-se: quem não marca, sofre... Marinelli avançou pela esquerda, cruzou e João Reis, a tentar cortar a bola, colocou a bola na própria baliza. Um balde de água fria na cidade minhota.
No final, o silêncio que retrata uma oportunidade de ouro desperdiçada.