Depois de José Bernardes ter sido inquirido durante cerca de cinco horas na 2.ª sessão de julgamento do processo 'Saco Azul', chegou o momento de Luís Filipe Vieira ser ouvido e começou a ser questionado sobre como conheceu Domingos Soares de Oliveira.

"Quando me tornei presidente do Benfica, percebi que deveria profissionalizar o Benfica. Só profissionalizando é que poderia ser útil ao Benfica. Passado cerca de um ano, pedimos a uma empresa para nos apresentar 3 CEO's que poderiam vir para o Benfica. O primeiro foi o Soares de Oliveira. A minha conversa com ele foi que 'tenho a quarta classe e não falo em inglês, tenho ideias, mas preciso de alguém que as coloque em prática'. Queria alguém à prova de bala. O Soares de Oliveira disse-me que tinho um problema grave: 'não sou benfiquista, sou sportinguista'", começou por dizer.

E prosseguiu: "Ao longo deste tempo, criei uma forte relação de cofniança com Domingos Soares de Oliveira [DSO], passei a ter uma grande confiança nele e na dedicação dele ao projeto. Dediquei-me mais às infraestruturas do Benfica, ao Benfica Campus. Quando as pessoas dizem que assinava de cruz... Inicialmente, não. Quando passei a trabalhar com DSO, passado algum tempo, havia coisas que assinava de cruz. Confiava no DSO e nas pessoas que trabalhavam comigo, tal como as pessoas que estavam perto do DSO".