
Será com o dorsal um vestido e poucos dias depois de ter ficado em 2.º lugar na Volta à Comunidade Valenciana que João Almeida (UAE Emirates) vai partir, na quarta-feira, para a estrada, naquela que será a terceira participação do ciclista de 26 anos na Volta ao Algarve.
Ainda que sem o companheiro de equipa Remco Evenpoel, vencedor do ano passado, que se encontra a recuperar de uma queda grave sofrida em dezembro, o corredor de A-dos-Francos terá a seu lado um pelotão recheado de grandes nomes do ciclismo com quem vai tentar estar na discussão da 51.ª edição da corrida.
À cabeça dos favoritos, é inevitável falar de Jonas Vingegaard, dinamarquês da Visma-Lease a Bike que venceu a Volta a França em 2022 e 2023, bem como de Primoz Roglic, esloveno da Red Bull-BORA-hansgrohe, que já venceu quatro vezes a Vuelta e que no ano passado conquistou também o Giro, prova na qual Almeida terminou em terceiro.
Nesta segunda-feira, no lançamento da corrida, que foi feito com uma conferência de imprensa no Museu de Portimão, de onde parte a prova algarvia, João Almeida assumiu que o seu nome tem de constar entre aqueles que vão para a estrada com ambições de vencer a classificação geral.
«Acho que sou um dos candidatos para discutir a corrida. Claramente há corredores que são mais fortes ou aparentam estar mais fortes», disse sobre os rivais renomados.
«Apesar de ser a primeira corrida deles, são corredores que já todos conhecem. Onde vão, discutem as corridas. É para eles que também vamos estar a olhar um bocadinho nas etapas mais difíceis».
E embora possa contar com o apoio do público português, que costuma marcar presença em força nas estradas algarvias, Almeida rejeita a ideia de isso lhe trazer «pressão extra». «Já comecei a minha temporada, já não é a primeira corrida. Vai ser bastante dura e dará para ver como está a forma. Não só para mim, como para todos os corredores», reconheceu.
A (DURA) «LUFADA DE AR FRESCO»
Uma das principais novidades da edição que arranca na quarta-feira é a cronoescalada que vai terminar no Alto do Malhão, na última etapa. E o melhor voltista nacional da atualidade só tem elogios para a mudança. «No final, vai ganhar o mais forte de qualquer maneira. É uma boa forma de fazer as coisas um bocadinho diferentes e de mudar o percurso de uma forma positiva. Acho que dá aqui uma lufada de ar fresco à corrida e é um desafio diferente. É muito bom. Pessoalmente, gosto», finalizou.