Andrew Bailey, governador do Banco de Inglaterra, defendeu a abertura da economia e condenou qualquer espécie de fragmentação. “Reduzir a abertura da economia mundial é mau para o crescimento”, afirmou durante o debate sobre Política Monetária que juntou nesta terça-feira os governadores dos bancos do Japão, da Coreia, do BCE e da Reserva Federal, no segundo dia do Fórum do Banco Central Europeu (BCE), que termina na quarta-feira em Sintra.

A questão das ‘stablecoins’ foi discutida com Bailey a dizer que “é um assunto que tem que ser tratado”. O governador do Banco de Inglaterra insistiu que as ‘stablecoins’ “têm que ter um valor nominal. Que o mesmo é dizer que têm que passar pelo teste do dinheiro”.

Em relação às tarifas comerciais e o seu efeito sobre os preços, Bailey referiu o exemplo britânico, dizendo que “a inflação está a subir, mas não existem outros sinais negativos na economia inglesa. É demasiado cedo para dizer se as tarifas vão trazer aumentos…ou descidas nos preços”. Aquele responsável adiantou que “continuaremos a ter uma política restritiva, mas ela irá desacelerar caminhando para a neutralidade”, recordando que a dívida das empresas e dos particulares ao nível do crédito à habitação está ainda abaixo das expectativas do Banco de Inglaterra.

Bailey concordou com a realização de vários “cenários de risco”, mas adiantou que “se divulgarmos publicamente esses cenários, qual será a minha responsabilidade e a responsabilidades dos meus colegas se nos enganarmos nas previsões?”