Em conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, António Costa, no final de uma cimeira de líderes em Bruxelas (Bélgica), Ursula von der Leyen disse que podia "confirmar que foi ajustado o tempo para forçar" as tarifas da UE em resposta às anunciadas pela Casa Branca.

"Mas as consequências da nossa resposta não mudaram", completou.

Ursula von der Leyen rejeitou a aplicação de tarifas como um todo: "O nosso princípio é de oposição, são como impostos. São más para os consumidores e para as empresas dos dois lados do [oceano] Atlântico."

A presidente do executivo comunitário revelou que estão em curso conversação com a administração do republicano Donald Trump, para tentar impedir a aplicação das tarifas de Washington.

A posição surge depois de, na semana passada, a Comissão Europeia (que detém a competência da política comercial na UE) ter anunciado contramedidas às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos às importações de aço e alumínio.

As contramedidas europeias serão introduzidas em duas fases, a partir de meados de abril, após este adiamento de duas semanas.

De acordo com Bruxelas, estas contramedidas comunitárias valem 26 mil milhões de euros, o mesmo que as tarifas norte-americanas.

A 12 de março passado, entraram em vigor as taxas de 25% impostas pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ao aço e ao alumínio, marcando uma nova etapa na guerra comercial entre os Estados Unidos e os principais parceiros comerciais.

A União Europeia está a preparar-se para possíveis tensões com os Estados Unidos, especialmente em relação a tarifas comerciais, dados os recentes anúncios do Presidente norte-americano.

Vários líderes já vieram assegurar que a UE está pronta para negociações difíceis, mas no espaço comunitário paira a incerteza sobre a relação transatlântica, que pode ser afetada por esta nova política económica e comercial da administração dos EUA.

AFE (ANE) // RBF

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