No final de março, o endividamento do setor privado -- que inclui empresas e particulares -- representava 459,8 mil milhões de euros, com 365,3 mil milhões de euros a dizerem respeito ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

No terceiro mês do ano, o endividamento do setor privado subiu 2,4 mil milhões de euros, sendo 1,3 mil milhões de euros referente às empresas privadas e 1,1 mil milhões de euros ao endividamento dos particulares.

Entre as empresas, cerca de 600 milhões de euros refletiam aumentos perante as próprias empresas, cerca de 500 milhões de euros perante o exterior e perto de 200 milhões de euros junto de sociedades financeiras.

Pelo lado dos particulares, à semelhança dos meses anteriores, o aumento do endividamento foi principalmente motivado pelo crédito à habitação.

No setor público, o aumento ocorreu sobretudo junto do exterior (2,2 mil milhões de euros), devido à aquisição de títulos de dívida pública por não residentes e pelas administrações públicas (cerca de 900 milhões de euros).

As administrações públicas e as empresas públicas também aumentaram o seu endividamento junto dos particulares na ordem dos 500 milhões de euros, "sobretudo por via da subscrição de certificados de aforro", e pelas empresas não financeiras (100 milhões de euros).

Em sentido inverso, a amortização de títulos de dívida foi o principal fator que contribui para a redução do endividamento público junto do setor financeiro, que caiu 1,7 mil milhões de euros em março.

No mês em análise, o endividamento das empresas privadas teve uma taxa de variação anual (tva) -- que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas -- de 1,3%, relativamente ao mesmo mês de 2024, acelerando face aos 0,5% de fevereiro.

Já entre os particulares, a tva subiu 5,1%, também acima do registado em fevereiro (4,4%), com o BdP a assinalar que "apresenta uma tendência de crescimento desde dezembro de 2023".

JO // JNM

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