De acordo com o banco central, esta evolução reflete a diminuição de 712 milhões de euros do défice da balança de bens, para a qual contribui, sobretudo, o aumento das exportações (697 milhões de euros, ou 1,2%).

A variação decorre ainda do aumento de 1.798 milhões de euros do excedente da balança de serviços -- justificado em grande parte pela evolução do saldo de viagens e turismo (aumento de 1.494 milhões de euros) e do saldo dos serviços de transporte (mais 211 milhões de euros).

O défice da balança de rendimento primário diminuiu 949 milhões de euros, em parte devido à maior atribuição de fundos da União Europeia (UE) a título de subsídios (945 milhões de euros).

Já o aumento do excedente da balança de rendimento secundário, na ordem dos 358 milhões de euros, foi fruto, "em grande medida, dos recebimentos dos prémios do Euromilhões", ao passo que a diminuição do excedente da balança de capital, de 325 milhões de euros, foi explicado "sobretudo pela menor atribuição a beneficiários finais de fundos da União Europeia com vista ao investimento".

Nos primeiros nove meses do ano, a capacidade de financiamento da economia portuguesa levou a um saldo da balança financeira de 8.182 milhões de euros, contra 4.990 milhões de euros há um ano.

Este saldo resultou do aumento dos ativos financeiros sobre o exterior de 21.236 milhões de euros e dos passivos externos de 13.054 milhões de euros.

Considerando apenas o mês de setembro, o saldo das balanças corrente e de capital foi de 1.278 milhões de euros, o equivalente a um aumento de 625 milhões de euros face ao mesmo mês de 2023.

JO // MSF

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