
O ministro da Educação Nacional, Ensino Superior e Investigação Científica guineense, Herry Mané, disse esta semana que menos de 5% da população da Guiné-Bissau fala português, mas garante que o Governo está empenhado em mudar a situação.
“Há dias, entrei numa escola, onde falam balanta, disse bom dia e ninguém me entendeu”, ilustrou o governante, na cerimónia de abertura do primeiro Congresso Internacional do Ensino da Língua Portuguesa na Guiné-Bissau, que junta, durante três dias, especialistas e académicos de vários países lusófonos.
O governante, Herry Mané, espera deste congresso orientações para valorizar a língua portuguesa num país onde “fora das escolas não chega a 5% aqueles que falam entre eles o português”.
Segundo o ministro, o crioulo é a língua mais falada na Guiné-Bissau, que tem ainda mais de 30 línguas maternas e uma realidade multilingue diferente de outros países lusófonos, como Angola ou Cabo Verde, onde se fala mais o português.
Herry Mané assegurou que o Governo está a fazer um esforço e pediu empenho aos guineenses que sabem falar português.
“Temos de começar a falar entre nós, aqueles que já têm o conhecimento básico do português, temos de começar entre nós a falar o português fora das instituições”, apelou.
O português, diz a Lusa, é a língua oficial da Guiné-Bissau, mas é em crioulo que os guineenses se entendem e nas mais de 30 línguas regionais que compõem o mosaico multiétnico do país africano.