O complexo começou a ser construído no final de maio de 2024 e deveria ter começado a funcionar antes do final do ano, com o objetivo de se tornar uma "base de produção e exportação muito importante", segundo um responsável da empresa.

A imprensa oficial sublinhou, no entanto, que o tempo decorrido entre o lançamento da primeira pedra e a inauguração das instalações foi de apenas oito meses, e enalteceu o que descreveu como "velocidade Tesla": em 2019, a 'gigafábrica' da empresa norte-americana em Xangai foi construída em apenas um ano.

Neste novo complexo, a Tesla vai fabricar os seus 'Megapacks', baterias de armazenamento de energia utilizadas para estabilizar as redes elétricas e evitar cortes de energia.

De acordo com a empresa, cada 'Megapack' pode armazenar mais de três megawatts-hora (MWh) de energia, "o suficiente para alimentar uma média de 3.600 casas durante uma hora".

A capacidade de produção inicial está estimada em cerca de 10 mil unidades do dispositivo por ano, o que equivale ao consumo anual de eletricidade de 50 mil casas.

De acordo com as autoridades locais, a Tesla investiu cerca de 1,45 mil milhões de yuan (193 milhões de euros) na fábrica, situada num terreno de 200 mil metros quadrados.

A Tesla já tem uma destas 'megafábricas' em Lathrop, no estado da Califórnia, no sudoeste dos EUA, onde fabrica cerca de 10 mil baterias por ano, que somam um armazenamento de cerca de 40 gigawatts-hora (GWh).

Em 2019, a Tesla abriu a sua primeira 'gigafábrica' fora dos Estados Unidos em Xangai. A fábrica produziu cerca de 947 mil veículos em 2023, o que, de acordo com a Xinhua, representou pouco mais de metade das vendas globais da empresa.

Desde 2019, a Tesla intensificou o seu investimento na Zona de Comércio Livre de Lingang, a área de Xangai onde tem operações, expandindo a produção na sua 'gigafábrica' e construindo instalações adicionais, como uma fábrica de produção para os seus 'supercarregadores' de veículos elétricos.

O presidente executivo da Tesla, Elon Musk, que é o homem mais rico do mundo e um aliado próximo do novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mantém boas relações com as autoridades da China, país que visitou várias vezes e onde tem um dos seus principais mercados.

 

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