Na História Natural, poucos fenómenos despertam tanta curiosidade e espanto como os icebergs, enormes montanhas de gelo que flutuam, sem direção, nas águas geladas dos polos Ártico e Antártico, e guardam em si a memória de tudo aquilo que já foi. A ponta que vemos em cima da água corresponde, mais ou menos, a 10% do volume total, o que significa que a maior parte do iceberg permanece oculto, longe da vista, um mistério.

Esta analogia é muitas vezes utilizada para explicar o sucesso repentino de alguns profissionais, parece fácil e imediato quando são reconhecidos publicamente pelo seu trabalho, contudo, a história que antecede o sucesso é, muito frequentemente, construída com esforço, dedicação e perseverança. Como a do cirurgião plástico Matheus Masson, médico brasileiro de 41 anos que viu na pandemia uma oportunidade para reinventar a prática e o negócio próprio, quando viu a sua agenda sem marcações e todas as cirurgias suspensas.

Uma paixão chamada medicina

O cirurgião brasileiro fala do seu trabalho com um brilho no olhar que não consegue esconder. “Cada paciente que entra na minha sala carrega uma dor, uma vontade, uma história. Eu escuto antes de operar. Sinto antes de transformar. A cirurgia é só a última parte do processo”, confessa o médico.

A paixão pela medicina surgiu cedo, quase como parte de quem ele era. Matheus cresceu num lar onde o afeto era abundante e o exemplo, constante. Com o pai, professor e a mãe, que deixou o trabalho para se dedicar aos filhos, a base era simples, mas firme.

“Os meus pais sempre fizeram de tudo para garantir os nossos estudos. Nunca prometeram o mundo, mas mostraram-me que eu poderia conquistá-lo com esforço”, relembra o cirurgião.

Foi no quinto ano de escolaridade que, inconformado com a escola pública, pediu aos pais para ser transferido para uma escola particular, candidatando-se a uma bolsa: foi o ponto de partida de um longo caminho de sucesso. Ganhou bolsa de 70% e, a partir daquele momento, entendeu o valor de construir o seu caminho por mérito, percebendo que “se quisesse algo grande, teria que sair da zona de conforto”, partilha.

Quando voltou para o insterior de São Paulo, a primeira atuação foi no SUS, com cirurgias reparadoras em pacientes pós-bariátricos e reconstruções de mama. Era o início de um caminho em que cada centavo ganho era reinvestido em conhecimento. “Enquanto muitos enxergavam limitações, eu via oportunidades. Visitei congressos, hospitais, clínicas e centros cirúrgicos ao redor do mundo, mesmo sem poder aplicar nada de imediato. Estava investindo no profissional que eu ainda seria”, conta.

Inovação durante um período de crise
O que aprendeu até então, fê-lo agir com estratégia quando, durante a pandemia, se viu obrigado a repensar a forma como estruturava o seu negócio.

Abriu mão de certezas e aplicou tudo o que tinha aprendido nos anos anteriores: investiu em tecnologia de ponta, reformulou sua marca, e reposicionou sua prática. Alguns meses depois, com a reabertura do setor, já estava à frente do mercado.
O resultado foi reconhecimento, agenda cheia com pacientes de norte a sul do Brasil, assim como pacientes internacionais, e a consolidação do prestígio da sua marca: a Masson Day Clinic, uma clínica premium com centro cirúrgico próprio, localizada no centro de Piracicaba, no interior de São Paulo.
Uma parte do reconhecimento que conquistou, além da perícia técnica, deve-se à filosofia e abordagem empática com que recebe e acompanha os seus pacientes. Para o médico cirurgião, “a cirurgia plástica tem que restaurar a confiança, não criar personagens. Quando um paciente entra na minha clínica, ele não se quer tornar outra pessoa, ele quer reencontrar a melhor versão de si mesmo. E é isso que eu entrego: naturalidade, harmonia e verdade”, afirma. Existe um propósito por trás da técnica.

Uma alma inquieta, que procura a excelência

Com foco especial, em cirurgia facial, Matheus Masson tem – não só -, um grande fascínio pela técnica Deep Plane, como foi um dos primeiros médicos a tornar-se uma referência nesse tipo de procedimento, no Brasil. No fundo trata-se de um procedimento que reposiciona a musculatura da face para rejuvenescer com naturalidade.

Mas o diferencial não está apenas na técnica. Está na entrega.

Os serviços que oferece têm atraído empresários, personalidades e indivíduos do exterior para Piracicaba, no interior de São Paulo, tudo pacientes que procuram muito mais do que um procedimento estético, acabando por ter uma profunda influência no ecossistema económico nessa cidade.

“Atualmente, mais da metade dos meus atendimentos vêm de fora da cidade. É muito mais do que estética, é transformação com propósito”, destaca.
Pai de duas gémeas e casado com uma médica dermatologista, divide o seu tempo entre rotina, bisturís e família, e prossegue o caminho com uma certeza: “são elas [mulher e filhas] que me ensinam sobre o tempo, sobre o que realmente importa”.
Para o futuro, o médico já iniciou a expansão do seu toque de arte – e de seu notável faturamento: “Ainda não posso revelar muito, mas já iniciamos com um novo projeto noutra cidade polo” O tom é de quem já sabe aonde vai chegar, e constrói o caminho com a mesma precisão com que esculpe uma face

Este artigo foi produzido em parceria com a Masson Day Clinic.